Quem precisa de paz? A UPP leva! Como o jornal O Globo e seus leitores in-formam e dão o tom da branquitude na cobertura das implantações de Unidades de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19275 |
Resumo: | Os jornais têm em seu cerne a função de informar, levar à população as informações mais importantes sobre a vida em sociedade. Porém, existem muitos aspectos que atravessam uma redação de jornal e a construção do que é notícia. Por muito tempo, os jornais foram as fontes oficiais de informação (o que vem mudando com o advento das redes sociais e a democratização da comunicação) e ainda exercem influência na formação de opinião de seus leitores sobre os assuntos que escolhem abordar. Assim, na mesma medida em que informam e agendam o assunto do dia, os jornais também contribuem para a formação do pensamento das pessoas, e essa é uma ação educativa. Então, para quê e como os jornais “in-formam” seus leitores? Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar como o Jornal O Globo, através das reportagens sobre as UPPs e os comentários de seus leitores, in-formam e contribuem para a educação sobre a população moradora de favelas no Rio de Janeiro, e se essa narrativa justifica políticas de segurança pública para essas áreas baseadas na pacificação e no sistema de dominação da branquitude. Para isso, utiliza a metodologia de análise de conteúdo proposta por Raquel Recuero (2018) para avaliar conjuntos de dados textuais, método que reúne técnicas de estudo das imagens, textos e outros conteúdos informativos para extrair algum tipo de sentido, de forma sistemática. O quadro teórico reúne estudos sobre comunicação, poder e opinião pública de Habermas (1990), Bourdieu (1997), Castells (2017) e Hohlfeldt, Martino e França (2015); estudos sobre racismo e branquitude de Munanga (2004), Jaccoud (2008) e Sovik (2009); a implantação de políticas públicas de segurança no Rio de Janeiro, de autores tais como Caldeira (2011), Leite (2012) e Burgos, Pereira, Cavalcanti, Brum e Amoroso (2011). |