Tornar-se Neusa: Raça, memória e subjetividade a partir da trajetória e obra de Neusa Santos Souza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nasciutti, Luiza Freire
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Ciências Sociais
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23272
Resumo: A presente tese de doutorado analisa os atuais acionamentos e produções interpretativas das trajetórias de vida e intelectual da psicanalista negra Neusa Santos Souza [1951-2008], com ênfase na importância atribuída ao seu livro Tornar-se negro: ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social (1983/2021) e seus efeitos aos campos acadêmico e político. Com olhar direcionado para o campo de estudos das relações raciais no Brasil, intenta, a partir de etnografia, observação participante em eventos, realização de entrevistas com interlocutores diversos e análise documental de acervos públicos e privados, recompor a trajetória pouco estudada de Neusa Santos e refletir sobre os atravessamentos que partem do marcador racial e de gênero, que suscitam diferentes olhares e leituras sobre a sua memória e obra. Na produção de uma articulação interpretativa sobre obra e trajetória de uma intelectual negra brasileira, a tese discute dimensões relevantes das relações raciais no Brasil e dos debates fomentados em torno do racismo no presente, apontando suas atuais tensões, disputas e transformações. Incorporando discussões contemporâneas acerca das noções de racialização, memória, epistemicídio, branquitude e colonialidade, a tese espera ser uma contribuição para a interlocução dos campos psis e sociais, atestando a importância de olhar para o enlace subjetividade-raça, a partir da compreensão da capilaridade inconsciente da “raça”.