Mulheres negras que não podem passar em branco: Trajetórias, escritas e a participação ativa nas páginas de " O Clarim da Alvorada" (1924-1940)

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Aquino, Ingrid Andresa Neles de
• Orientador(a): Costa, Carlos Eduardo Coutinho da
• Banca de defesa: Costa, Carlos Eduardo Coutinho da , Nascimento, Álvaro Pereira do , Moraes, Renata Figueiredo , Pinto, Ana Flávia Magalhães
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
• Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Imprensa negra; Intelectuais negras; Pós abolição; Interseccionalidade
• Palavras-chave em Inglês: Black press; Black intellectuals; Post abolition; Intersectionality
• Área do conhecimento CNPq: História
• Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13901

Esta investigação intenciona contribuir com os estudos do pós abolição no Brasil, sobretudo no que tange à historiografia das mulheres negras e à Imprensa Negra brasileir a. O objetivo central consiste em problematizar como elas eram afetadas pelo moralismo durante as primeiras décadas do século XX em São Paulo, e como as questões relativas à raça, classe e gênero perpassavam os cotidianos. Somado a isto, elas tiveram vozes ativas, e suas demandas e mobilizações pela causa negra serão elucidadas com o intuito de observar o protagonismo dessas personagens dentro daquela imprensa. Entre as dezenove escritoras do periódico, selecionamos Evangelina Xavier de Carvalho a fim de co nhecer a sua trajetória de vida dentro daquele meio social, assim como suas principais demandas, que se relacionavam à educação, racialização, beleza e embates de gênero. Ademais, também serão analisadas as ações e contextos criados pelos indivíduos, dentr o de cenários sociais conturbados, como é o caso do início do processo de industrialização na cidade de São Paulo. Refletiremos sobre as estratégias utilizadas pela população negra, dentro do campo de possibilidades que possuíam, para conseguir empregos e melhores modos de vida. E, sobretudo, como se dava o trabalho feminino e negro naqueles tempos e quais as problemáticas enfrentadas por aquelas mulheres. Assim, ambiciona se com tais análises tirar da invisibilidade a intelectualidade de mulheres que contr ibuíram para a formação e existência do movimento negro naqueles tempos, assim como levar o leitor a refletir sobre os embates de gênero presentes nos bastidores daquela imprensa.