“A aula que a gente lembra é aquela que nos toca”: estética e política no ensino de História
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em História Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20825 |
Resumo: | Esta pesquisa busca analisar como e por que professores de História mobilizam elementos e materiais que conferem expressividade e sensibilidade às suas aulas. Realizamos um estudo de abordagem de tipo etnográfica (GEERTZ, 2008; ROCKWELL, 2015) de aulas remotas de dois professores de História, que aconteceram durante a pandemia de Covid-19 no contexto brasileiro (2020-2021). Diante de uma vida social fraturada e de injustiças acentuadas em contexto de crises ecológicas e democráticas (BUTLER, 2022), no qual os corpos têm partes desiguais na partilha do sensível, buscamos perceber como a percepção dessa realidade informa a concepção dos professores sobre o que pode e deve ser a aula de História, especialmente no compromisso que assumem com os seus estudantes. No jogo dialógico da linguagem e da aula de História (BAKHTIN, 2004, 2020; ROCHA, 2006), professores constantemente convidam a palavra de um Outro com o qual, e a partir do qual, competem pelos sentidos do passado e pela vida no presente. Desse modo, apropriando-nos das categorias de estética e política em Jacques Rancière (2003; 2018; 2020), acreditamos ser possível falar de uma dimensão estética no ensino de História, quando professores investem em uma outra organização do real e do mundo, mobilizando os seus conhecimentos para enfrentar as questões prementes no presente. E de uma intencionalidade política, à medida que, estabelecendo representações dos seus estudantes, acreditam no ensino de História como possibilidade de os fazerem perceber formas outras de “ver, sentir e pensar” – para além daqueles às quais estariam historicamente designados. |