Poesia de invenção: propostas e realizações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fernandes, Braulio Sebastião Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23436
Resumo: O tema e as questões desta tese orbitam em torno da concepção, construção e consolidação da ideia de uma estética de invenção em poesia que começou a ser formulada pelo Grupo Noigandres, ainda no início da década de 1950; o que implica considerar, inicialmente, um específico conjunto criativo-teórico à luz do contexto do segundo ciclo das vanguardas, mais especificamente filtrado pelo acontecimento da poesia concreta brasileira. O espectro dessa atuação é amplo, orientado tanto pelo espírito transgressivo próprio da vanguarda quanto pela recuperação de uma “tradição do novo” solidamente sustentada em um significativo paideuma estético-teórico-tradutório. Contudo, a hipótese que orientará a parte principal da investigação é a de que os elementos estéticos ali formulados já ofereciam os instrumentos de uma poética transhistórica capaz de ultrapassar a perspectiva de seu momento: a da historicidade do segundo ciclo das vanguardas e a da radicalidade do concretismo; tendo-se tornado, a partir de então e até os dias de hoje, um dos referenciais do campo artístico brasileiro. Postulamos que a partir do olhar contemporâneo, mais de sete décadas depois, pode-se observar melhor o percurso dessa poética, sobretudo porque seus principais criadores — as referências centrais serão as produções de Augusto de Campos e Haroldo de Campos —, ao longo dessas mesmas décadas, sem a nostalgia do vanguardismo, evoluíram o arcabouço teórico-crítico-tradutório-criativo voltado à poesia de invenção. Descrever e avaliar os passos dessa evolução é a tarefa deste trabalho; o desafio é o de propor o legado poético de invenção como referência incontornável na dialética de continuidades entre a poesia do último ciclo da modernidade e a que se produz na atualidade