Notificação de violência intrafamiliar na perspectiva de enfermeiros e médicos da Estratégia Saúde da Família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marques, Caroline dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11176
Resumo: A violência, além de um problema social, policial e/ou de justiça, constitui também um importante problema de saúde pública. Dentre as violências que afligem a população, de forma representativa, a violência intrafamiliar, assunto complexo e frequente, apresenta prevalência mais alta do que muitas patologias, tendo imensa invisibilidade e afetando a sociedade de forma contínua. Afeta em especial mulheres, crianças, adolescentes, idosos e portadores de deficiência. Entende-se que a notificação de violências interpessoais e autoprovocadas é uma das ações de vigilância em saúde, sendo um passo importante para a construção de medidas protetivas às pessoas que vivenciam situações de violência. A Estratégia Saúde da Família (ESF) por sua proximidade, vínculo e atenção à saúde da população assistida, torna-se uma grande potência no que diz respeito à identificação da violência intrafamiliar e sua notificação. Considerando esse panorama, objetivamos com este estudo descrever a percepção de enfermeiros e médicos da ESF da AP. 3.1 do município do Rio de Janeiro, sobre as principais manifestações de violência identificadas no contexto intrafamiliar; discutir a percepção de enfermeiros e médicos sobre a notificação de violência intrafamiliar e analisar os fatores facilitadores e dificultadores na realização das notificações de violência intrafamiliar por profissionais da ESF. Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, que teve como participantes enfermeiros e médicos atuantes na ESF. O cenário da pesquisa foi um Centro Municipal de Saúde (CMS) localizado na cidade do Rio de Janeiro. Na análise de dados foi utilizada a análise de conteúdo proposta por Bardin. Como resultados, emergiram duas grandes categorias: Perspectivas das manifestações de violência intrafamiliar por enfermeiros e médicos da ESF e Percepção de enfermeiros e médicos da ESF sobre a notificação de violência intrafamiliar. Os principais grupos populacionais atingidos pela violência intrafamiliar foram: mulheres, crianças e adolescentes e idosos, respectivamente. Na caracterização das principais formas de manifestação de violência, foram identificadas, nesta ordem: violência física, seguida da violência verbal/moral, negligência/abandono, violência sexual e violência psicológica. A notificação de violência foi considerada uma forma de cuidar. Discussões sobre os fatores que influenciam notificação da violência levantaram considerações sobre o que facilita e o que dificulta a realização da notificação pelos profissionais