Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Bruna Andressa da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-08112019-155044/
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Resumo: |
Esta pesquisa se refere a uma dissertação de mestrado sobre as violências praticadas por mães contra filhos. No Brasil, apesar do reconhecimento dos direitos da criança e do adolescente, estes ainda são vítimas de inúmeras violações, sobretudo, no que se refere à integridade física e psicológica. As principais agressões são sofridas dentro do próprio lar, por quem deveria proteger e cuidar. A relação mãe-criança, tida cultural e psicologicamente como relação de cuidado, é, muitas vezes, permeada por castigos e punições físicas - naturalizadas como formas de educar. Além de fatores sociais e culturais, a relação mãe-criança é permeada pelas experiências infantis da mãe, que, inconscientemente, influenciam suas relações e o exercício de sua função materna. Objetivo: analisar a história e a psicodinâmica de mães que tenham praticado agressões físicas, psicológicas e negligências contra seus filhos. Analisar os fatores que desencadeiam as agressões; e se há consciência da violação de direitos e das consequências destas agressões para a criança. Método: clínico-qualitativo com base em estudo de casos múltiplos, com a participação de quatro mulheres atendidas em uma instituição especializada em situações de violação de direitos. Os instrumentos utilizados foram: análise de prontuário, entrevista semiestruturada e técnicas projetivas (TAT e DE-T). Os resultados foram submetidos à livre inspeção e análise compreensiva. Resultados: foram identificadas experiências de maus tratos e negligência na história familiar das participantes, sendo suas relações primárias marcadas pela hostilidade. Mecanismos esquizoparanoides, como a cisão, a onipotência, a negação e a idealização, aparecem predominantes na relação com os próprios filhos. Conclusão: as experiências infantis destas mães com suas próprias mães se mostram atualizadas no exercício da maternidade. O estudo minucioso da história de vida e da psicodinâmica de quem perpetra agressões se mostra relevante para a compreensão, o tratamento e a prevenção da violência intrafamiliar |