Transtornos mentais comuns e estratégias de coping em trabalhadores de enfermagem de unidades de internação Covid-19
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18928 |
Resumo: | Dissertação de mestrado que possui como tema: transtornos mentais comuns e estratégias de coping adotadas por trabalhadores de enfermagem frente a Covid-19. Objetivos: verificar a suspeição de transtornos mentais comuns em trabalhadores de enfermagem de unidades de internação Covid-19; identificar as estratégias de coping utilizadas pelos profissionais de enfermagem frente o estresse psicossocial em unidades de internação de Covid-19; e analisar a relação entre os transtornos mentais comuns e as estratégias de coping adotadas pelos trabalhadores de enfermagem na minimização do estresse psicossocial. Método: estudo quantitativo do tipo transversal, descritivo e exploratório. A amostra foi composta por 117 trabalhadores (enfermeiros e técnicos de enfermagem). O campo foi um hospital universitário situado no município do Rio de Janeiro que possuía unidades de internação para pacientes com Covid-19. Na inclusão dos trabalhadores na amostra adotou-se os seguintes critérios: trabalhadores estatutários e/ou terceirizados que atuavam na assistência a pacientes com Covid-19 pelo menos há um mês. Excluídos os trabalhadores licenciados ou afastados por outros motivos. O projeto foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. A coleta de dados foi realizada por meio de quatro instrumentos preenchidos pelo próprio participante, sendo: caracterização sociodemográfica e ocupacional, dados sobre aspectos psicossociais da Covid-19, o Self Report Questionnaire-20 (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1994) e a Escala de Coping Ocupacional (LATACK, 1986). Resultados: a amostra foi composta majoritariamente pelo sexo feminino, faixa etária entre 31 e 50 anos, vivem com companheiro(a), escolaridade ensino médio e renda familiar até 5 salários-mínimos. São técnicos de enfermagem contratados temporariamente, acumulavam dois vínculos empregatícios, trabalhavam em regime de turnos, cumpriam carga horária de 30 horas semanais na instituição e 50 horas ou mais ao considerar outros vínculos. A suspeição global de transtornos mentais comuns na amostra foi de 23,1% e as queixas mais frequentes foram: “Sente-se nervoso(a), tenso(a) ou preocupado(a)”. Encontrar-se na linha de frente da Covid-19 foi referido majoritariamente como a principal causa das queixas identificadas. Dentre as estratégias de coping adotadas na minimização do estresse psicossocial identificou-se maior frequência de respostas para ações e/ou pensamentos dirigidas ao controle, seguidos da esquiva e manejo dos sintomas. Conclusão: a suspeição global de transtornos mentais comuns em 23,1% da amostra é similar a estudos que antecederam a epidemia. A predominância de sintomas de humor ansioso depressivo e somatização sugerem estresse e risco de adoecimento. Ratifica-se a relevância das estratégias de coping como preditoras do estresse psicossocial, evidenciando a importância de o indivíduo agir no problema ou na regulação da emoção no intuito de minimizar os impactos da pandemia na saúde. Ratifica-se a relevância de ações de cunho preventivo e terapêutico por parte das instituições voltadas para a segurança e bem-estar no trabalho com vistas a satisfação, motivação e bem-estar no trabalho diante de um contexto pandêmico marcado por insegurança e riscos à saúde física e mental dos profissionais da linha de frente. |