A escrita de si em Juliano Pavollini, de Cristóvão Tezza
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20893 |
Resumo: | Esta dissertação questiona a classificação do romance Juliano Pavollini, como romance autobiográfico, visto que as congruências narrativas entre a vida do autor empírico, pessoa que assina a capa de uma obra, e a vida do narrador autodiegético, Juliano Pavollini, são superficiais. Por causa dessa superficialidade, defendemos a ideia de a obra tezziana ser uma autobiografia fictícia, história sobre o protagonista, sem relação com a vida do autor. Para resolver a questão, partimos do percurso histórico das escritas de si, principalmente as autobiografias, que servem como molde narrativo para as narrativas ficcionalizadas ou “romances do eu”, segundo Manuel Alberca (2007). Ainda sobre a história da autobiografia, discutimos o pertencimento ou não dos textos autobiográficos ao campo ficcional. Para fins de análise, questionamos a confiabilidade e a verificabilidade dos relatos como principais condições de aproximação dessas narrativas de si ao campo referencial. Posteriormente, explicamos a importância do autor, a partir destas quatro etapas: surgimento; crise; morte e retorno. Tal renascimento da figura autoral nos textos ficcionais contribui com os estudos dos romances do eu, com base nos pactos romanesco e ambíguo, reunião de elementos da realidade e ficção. Sobre essas narrativas ficcionais do eu, investigamos as três modalidades: autoficção; romance autobiográfico e autobiografia fictícia. Na última parte desta dissertação, estudamos o conceito de narrador infiel, de Wayne Booth (1980), além de não confiável, em Juliano Pavollini. Por fim, excluímos as classificações de autoficção e romance autobiográfico na obra tezziana, já que há pouquíssimas referências à vida de Cristóvão Tezza. Logo, definimos tal narrativa ficcionalizada de autobiografia fictícia, por não existir identidade onomástica entre autor, narrador e personagem. Assim, a história relatada é de um indivíduo fictício. |