A autoficção no campo da escrita de si: a construção do mito do escritor em Nove noites, de Bernardo Carvalho, e outros procedimentos autoficcionais na prosa brasileira contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Bruno Lima de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6223
Resumo: A literatura brasileira contemporânea apresenta como uma de suas características o retorno do autor , explicado pela participação do escritor, no século XXI, no circuito midiático. A presença assídua de escritores em programas de rádio e televisão, em lançamentos de livros, em feiras literárias, em palestras e congressos etc. confere-lhes uma identidade imagética suficientemente forte para despertar nos leitores o desejo por conhecer mais amiúde o que eles têm a dizer para além do texto literário. Sua participação como personagem literário, no entanto, apesar de conter referências autobiográficas, está longe de representar uma verdade biográfica, mas, ao contrário, cria uma aura de indecisão a respeito das referências narradas. A autoficção, desse modo, seria uma crítica à noção de sujeito e ao demasiado apelo do real em nossos dias. Bernardo Carvalho é um autor exemplar de uma escrita autoficcional. Nove noites é um romance que, além de fornecer signos extratextuais importantes para a construção de uma identidade autoficcional, textualmente baralha os conceitos de verdade e mentira, ficção e realidade, resultando num texto híbrido, característico da mitificação a que se submete o autor contemporâneo. O presente trabalho, preocupado em ofertar uma novidade para os estudos literários, amplia o corpus analisado e não se limita à análise do já canônico Bernardo Carvalho. Sete outros autores somam-se a este para uma maior abrangência do panorama da literatura brasileira contemporânea. Clarah Averbuck, Milton Hatoum, Ivana Arruda Leite, Marcelo Mirisola, Cíntia Moscovich, João Gilberto Noll e Silviano Santiago completam a pesquisa em torno da autoficção