Do ato médico ao ato analítico: sobre o trabalho do psicanalista em um hospital oncológico
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicanálise |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18470 |
Resumo: | Essa tese pretende abordar o trabalho do psicanalista em um hospital oncológico, trazendo para a investigação o ato analítico como ato que instaura um antes e depois para o paciente, mas também para o praticante, ato que pode atestar que há analista. Partimos das contribuições de Freud sobre o método psicanalítico em meio às práticas científicas, com o rigor de seu fundamento e sua técnica. Com Lacan, trazemos o tensionamento da relação do psicanalista com o saber, que não é o de um especialista, ao mesmo tempo em que é pela demanda por esse lugar que a instituição o reconhece. A predominância do discurso médico na equipe reserva um lugar à margem, como apresenta Lacan (1966/2001), mas um lugar que pode operar a partir do que se recolhe como relato e experiência de um tratamento oncológico. Em meio aos protocolos, o ato analítico aposta em fazer surgir o sujeito. A partir de fragmentos clínicos, interrogamos quais foram os efeitos da presença do analista. O que sua presença na equipe veio a atestar? Os casos clínicos vêm demonstrar que a presença do psicanalista não conferiu um saber a mais, mas, ao contrário, pela opacidade de seu saber, pôde operar fazendo girar os discursos dominantes na cena médica. Se o ato médico aponta para o tratamento e a cura voltados para o corpo em sua dimensão biológica, o ato analítico tem valor de intervenção significante, é aí que ele pode atestar, ao mesmo tempo, os efeitos no tratamento e a presença do analista, e por onde pode se dar a transmissão da psicanálise. |