As margens no centro: podcast Trajetórias Periféricas, Memórias Contra-Hegemônicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Afonso, Pablo Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ensino de História (PROFHISTORIA)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19879
Resumo: Este é um trabalho dedicado ao ensino de história, às trajetórias periféricas e às memórias contra-hegemônicas de indivíduos pertencentes a grupos sociais historicamente marginalizados e invisibilizados, como negros, mulheres, homossexuais e indígenas. Com a utilização de ferramentas como a memória, a história oral, a biografia, o pensamento decolonial e os estudos sobre periferias urbanas, utilizando-as para pensar o ensino de história, este projeto elaborou um podcast que ouviu narrativas de sete indivíduos pertencentes aos grupos sociais mencionados acima. Um primeiro objetivo foi difundir essas histórias nas mídias sociais através das plataformas de áudio e um segundo objetivo foi levar essas vozes para a sala de aula através da aplicação de um projeto que trabalhou com estudantes do ensino básico essas trajetórias de vida entrevistadas no podcast. Sendo assim, acreditamos que o leitor e/ou ouvinte do podcast poderá refletir acerca das trajetórias de vidas periféricas e dos pensamentos contra-hegemônicos suscitados pelos diálogos estabelecidos ao longo das entrevistas e presentes neste texto. Contribuir para colocar as margens no centro, esse é o principal objetivo deste projeto, valorizando as periferias e os pensamentos que de lá ecoam, em toda sua potência e significado, mostrando que esses indivíduos não só resistem, mas reexistem e ressignificam existências e espaços. Além de levar para as escolas suas histórias, uma história outra, para contrapor a história moderna/colonial eurocentrada. Por fim, buscamos contribuir para a reflexão sobre um ensino de história que trate com a dimensão de protagonistas esses grupos e indivíduos que durante séculos foram invisibilizados e marginalizados pela sociedade e pela história. Dessa forma, esta dissertação é um convite à reflexão sobre a potência de um ensino de história com o protagonismo das classes populares periféricas e do pensamento contra-hegemônico progressista para que possamos cada vez mais levar as margens para o centro do debate político-pedagógico.