Paraty como cidade educadora: história decolonial e contra-hegemônica da cidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Crispim, Regina Celia Santos Ribeiro lattes
Orientador(a): Coutinho, Maria Angélica da Gama Cabral lattes
Banca de defesa: Coutinho, Maria Angélica da Gama Cabral lattes, Ribeiro, Regina Maria de Oliveira lattes, Bezerra, Amália Cristina Dias da Rocha lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ensino de História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/17662
Resumo: Esta pesquisa busca enriquecer o currículo escolar a partir da proposta da Carta das Cidades Educadoras de educar utilizando o espaço da cidade, contando com outros agentes educativos. Os princípios da Carta das Cidades Educadoras apresentam-se nas leis que regulamentam o sistema educacional brasileiro e em nossas políticas educacionais. O objetivo é examinar como aplicar os princípios da Carta das Cidades Educadoras, considerado um projeto neoliberal, para a elaboração de um currículo decolonial e a construção de narrativas históricas contra- hegemônicas, dando protagonismo ao negro, invisibilizado na história legitimada do Brasil e na história e memória da cidade de Paraty. Considerou-se não a proposta política da Carta das Cidades Educadoras, mas sua proposta social de inclusão, de respeito à diversidade, de combate ao preconceito e a discriminação. Tais propostas também constam na Base Nacional Comum Curricular. A metodologia utilizada foi a aula-passeio ao Quilombo do Campinho da Independência, produto do Mestrado Profissional em Ensino de História. A aula-passeio possibilita um aprendizado que ultrapassa o espaço escolar, como propõe a Carta das Cidades Educadoras, tendo como agente educativo o griot, o mais velho e experiente que preserva e transmite oralmente os saberes da comunidade. A pesquisa vale-se da reflexão de Paulo Freire ao ponderar que todos deixam marcas na cidade, analisando quais memórias são preservadas e o porquê. E a partir das narrativas, memórias e saberes do quilombo, procura construir uma identidade positiva do negro que representa a maioria dos estudantes das escolas públicas.