Entre Júpiter e Prometeu, a complexa trajetória de D. Pedro II: um agente no campo científico (1871 - 1891)
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19010 |
Resumo: | A dissertação tem como objetivo apresentar e discutir novas perspectivas em torno da trajetória de d. Pedro II (1825-1891), que governou o Brasil entre 1840 e 1889, e é, sem dúvida, uma das personagens mais estudadas da História do Brasil. Neste sentido, fez-se necessário um capítulo dedicado à revisão e ao debate historiográficos, onde os diversos perfis de d. Pedro II, desde as escritas autorreferenciais até as biografias e trabalhos acadêmicos mais recentes, fossem tratados de forma problematizadora, permitindo marcar o ineditismo da nossa análise, fundamentada, sobretudo, na leitura extensa e intensa da documentação privada da Família Imperial, custodiada pelo Museu Imperial. O intento fundamental é debater a tese da teatralização do poder, segundo a qual a relação de d. Pedro II com as ciências foi um importante capital simbólico para a fundamentação do seu poder político, e mostrar que, para além deste aspecto, o imperador de fato foi um agente em uma rede transnacional de produção e circulação de conhecimento, figurando como reconhecido intelectual, integrante de uma vasta rede de sociabilidade, formada especialmente após a sua primeira viagem ao exterior em 1871. Além disso, o trabalho visa sublinhar a participação de d. Pedro II nos debates que envolveram a conformação de um novo paradigma científico, em meados do Oitocentos, particularmente, com relação à constituição de um novo campo científico, o dos estudos antropológicos. Finalmente, a dissertação pretende ressaltar como a tomada de posições nestas discussões intelectuais e científicas, não só permite defender d. Pedro II como um intelectual, em oposição à ideia de mecenas, erudito e diletante, mas também viabiliza a percepção das colocações e dos deslocamentos na sua trajetória, destacando o ponto de inflexão, na década de 1850, a complexidade de sua história de vida, assim como a sua aproximação com a chamada geração de 1870. |