Estudo prospectivo da influência da lesão ativa de hanseníase em pacientes multibacilares no índice baciloscópico e estudo retrospectivo da variação do índice baciloscópico com base na carga bacilar
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14986 |
Resumo: | A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, é um agravo de notificação compulsória que se apresenta sob vários aspectos clínicos. O índice baciloscópico (IB) proposto por Ridley e Jopling (1966) é um exame de auxílio de diagnóstico muito eficaz; fornece ao clínico resultados fidedignos e subsídios para um diagnóstico mais preciso, no entanto, pacientes multibacilares (MB) com alta carga bacilar podem apresentar índice baciloscópico (IB) positivo por muito tempo, mesmo após o tratamento regular com poliquimioterapia (PQT). Este estudo teve como objetivo avaliar a influência da lesão ativa no índice baciloscópico em estudo prospectivo e verificar a variação do índice baciloscópico com base na carga bacilar em estudo retrospectivo. O presente estudo foi realizado em amostras de pacientes hansenianos das formas clínicas multibacilares LL e BL, atendidos no Ambulatório Souza Araújo (ASA) da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Os sujeitos da pesquisa foram recrutados em um modelo prospectivo de entrada e um retrospectivo perfazendo dois grupos distintos diferindo entre si no acompanhamento pós-alta, denominados de grupo 1 e 2. No grupo 1 (estudo prospectivo), composto de 10 pacientes, selecionamos uma lesão em cada um dos pacientes e determinamos o IB da mesma, nas doses 1, 6 e 12 da PQT e comparamos com os IBs de diagnóstico e alta da rotina. Verificamos diferenças entre os IBs de diagnóstico e alta da rotina em relação aos IBs das doses 1 e 12 nas lesões estudadas. Para o grupo 2 (estudo retrospectivo) selecionamos em nossos registros 84 pacientes das formas clínicas BL e LL, determinamos a curva do índice baciloscópico e comparamos com a curva da carga bacilar; além disso identificamos os casos de recidiva deste grupo, elaboramos uma curva de evolução de IB e de carga bacilar e comparamos com a evolução baciloscópica e de carga bacilar dos demais pacientes. Ficou claro a importância de acompanhar o IB de uma lesão pré-determinada em todas as coletas, mesmos após a sua involução clínica, este procedimento pode antecipar um caso de recidiva. O estudo evidenciou que a probabilidade de recidiva está associada ao tempo pós alta da PQT, pacientes com mais de 11 anos pós alta apresentaram 40% de probabilidade de recidiva. O presente estudo reforça a necessidade de implementar o exame baciloscópico não somente no diagnóstico e na alta terapêutica; mas também no acompanhamento regular após alta por cura, da mesma forma que devemos considerar a carga bacilar para o cálculo do IB final |