Áreas verdes em Nova Iguaçu (RJ): a contribuição da vegetação aos espaços urbanos centrais da cidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ferreira, Rayssa Evangelista Matos de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22487
Resumo: As áreas verdes urbanas são espaços físicos que possuem vegetação arbórea ou arbustiva, sendo públicas ou particulares, atuando como reformuladoras dos espaços urbanos, através da mitigação da temperatura, manutenção da umidade do ar, redução da poluição e diminuição do albedo. Desse modo, a presente pesquisa tem como objetivo analisar as diferentes áreas verdes existentes em três bairros centrais do município de Nova Iguaçu (RJ): o bairro da Luz, Centro e Caonze, e a influência que a Área de Proteção Ambiental (APA) do Maciço Gericinó-Mendanha exerce sobre os respectivos bairros. Para atingir a esses objetivos, foram aplicados diferentes instrumentos e técnicas de coletas de dados, como o processamento de imagens de satélites para a confecção de mapas temáticos, sendo utilizado o programa Quantum GIS (QGIS), um software de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), para verificar como estão distribuídas espacialmente essas áreas verdes nos bairros. Utilizou-se para o cálculo do Índice de Áreas Verdes (IAV) a fórmula adotada por Harder (2002), que consiste na soma da área total em m² ou km² dos tipos arbóreos presentes no espaço urbano, dividida pelo número de habitantes. Já o cálculo do Índice de Cobertura Vegetal (ICV) foi baseado nos estudos de Nucci e Cavalheiro (1999), que se refere à porcentagem de cobertura vegetal existente de cada área verde delimitada nos mapas. Após a verificação dos índices, buscou-se medir a temperatura sobre o sol e sobre a sombra proporcionada pelas espécies arbóreas, de nove pontos, sendo três em cada bairro, objetivando investigar a influência da vegetação arbórea na temperatura sobre às superfícies incidentes. Sobre o levantamento das características Geoambientais do maciço, buscou-se analisar as condições de uso e de cobertura do solo, sua influência sobre a quantificação de áreas verdes existentes nos bairros, além de observar os aspectos topográficos e identificar o grau de desmatamento da sua borda. De acordo com os dados obtidos, o ICV dos bairros da Luz e Caonze apresentaram porcentagens acima de 30%, enquanto o bairro Centro ficou abaixo. Para o IAV, estes não foram considerados baixos, devido a densidade populacional. Quanto aos resultados das medições de temperatura de reflectância, não houve diferença significativa entre os valores encontrados nos períodos de verão e inverno, mas ao comparar as áreas vegetadas com as não vegetadas a diferença foi notável, 39,1ºC entre um ponto com a presença massiva de vegetação e outro sem qualquer tipo de cobertura vegetal. Ao retirar o papel que o Maciço Gericinó-Mendanha desempenha na ampliação desses índices, constatou-se a redução, respectivamente, de 24%, 8%, 17% na quantidade de áreas verdes existentes nos bairros da Luz, Centro e Caonze. O índice de áreas verdes atuou como um indicador socioambiental que age na melhoria da qualidade urbana, ambiental e de vida da população. Em um ambiente urbano, deve-se apontar que os fatores mais significativos para o resfriamento são a presença de vegetação. Por isso, a previsão de um sistema verde que permeia a malha urbana é essencial para o conforto e a qualidade de vida nas cidades.