Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Benedito, Yago Vinicius Motta |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-01022022-155542/
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Resumo: |
Estudos que envolvam a análise interdisciplinar entre variáveis meteorológicas e dados ambientais ainda são escassos e limitados na área acadêmica. Apesar da interconexão dos elementos naturais nos processos biofísicos do meio ambiente, existem avanços tímidos em pesquisas de multirriscos, que possam relacionar o comportamento de certos elementos do clima e da sociedade, por exemplo. No intuito de promover um avanço neste setor da ciência e entender melhor o papel da infraestrutura verde no espaço construído urbano, buscou-se compreender a analogia de três tipologias de variáveis entre si, sendo elas, as variáveis meteorológicas medidas em estações (temperatura do ar, umidade relativa, velocidade do vento e irradiação solar), as variáveis ambientais (porcentagem de cobertura vegetal no espaço urbano obtidas por satélite e informações geográficas de altura e distância da costa) e as variáveis comportamentais calculadas (conforto térmico da população humana). A partir desta premissa, lançou-se ao estudo para a Região Metropolitana de São Paulo, onde foram obtidos os valores das variáveis mencionadas em diversos pontos do território. Quanto aos dados meteorológicos, foram recolhidas e tratadas estatisticamente as medições entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019. Para toda a área de estudo, foi adquirido o Normalized Difference Vegetation Index para a obtenção das informações referentes à presença de infraestrutura verde na malha urbana paulista, através do produto do satélite Sentinel-2A. Para integrar o fator de comportamento humano, recorreu-se a dois índices de conforto térmico humano, sendo o Wet Bulb Globe Temperature pela metodologia de Liljegren em ambientes externo, e o Universal Thermal Climate Index. Estes índices indicaram boa correlação entre si e despontaram situações críticas nas porções Centro-Sul da área de estudo, áreas com menor concentração de vegetação e com agravamento dos casos críticos por parte das variáveis meteorológicas, com altas temperaturas, ventos fracos e alta Umidade Relativa. Percebeu-se que a Temperatura Máxima foi a variável que mais influenciou os resultados obtidos, assim como a presença de vegetação para o raio de 100m. Em relação a uma estação inteiramente imersa em vegetação e às estações desprovidas de cobertura vegetal em sua totalidade no raio de 100m, a diferença de temperatura chegou a 5,1°C, enquanto que este resultado foi similar a 5,4°C para o índice WBGT. Em comparação a estações próximas e com diferenças de cobertura vegetal, a diferença do WBGT alcançou 2,8°C a menos nos pontos de medição com maiores porcentagens de infraestrutura verde. Por fim, percebeu-se que a vegetação influência nas três variáveis meteorológicas principais, sendo o maior impacto retratado para a Temperatura Máxima. Ainda que o impacto para a Umidade Relativa e a Velocidade do Vento possam favorecer o desconforto por calor, mostrou-se que a redução de temperatura promovida pela vegetação é suficiente para melhores condições térmicas, justificando a aplicação da infraestrutura verde. |