Na urgência da catástrofe: violência e capitalismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Hillani, Allan Mohamad
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Direito
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9759
Resumo: A dissertação pretende discutir a violência na sociedade capitalista. Violência envolve tanto o uso da força como seu abuso, coerção legítima e excesso ilegítimo. A violência também não pode ser reduzida aos atos explícitos executados pelas pessoas ou pelo Estado que perturbam ou restauram uma situação pacífica e regular: ela deve incluir também a violência produzida pela própria ordem, a violência silenciosa e invisível contra a qual as formas explícitas de violência são contrapostas. Marx foi o grande teórico da violência objetiva do capitalismo, que ele atribuiu à relação de capital e ao fetiche da mercadoria. O capitalismo é estruturado por uma compulsão cega, uma abstração real que se impõe inconscientemente aos membros da comunidade. Mas essa violência econômica inconsciente deve ser relacionada teoricamente à violência subjetiva consciente do Estado capitalista, essencial para garantir a ordem capitalista. Esses dois tipos de violência possuem lógicas próprias que incluem a ambiguidade regra-excesso , mas estão sempre de algum modo articuladas: a lógica do capital e a lógica da soberania. As contradições objetivamente produzidas (criadas pela lógica do capital) demandam ações violentas do Estado que devem ser harmonizadas com os princípios liberais que ambas precisam para existir. Quando a lógica do capital se converte em seu excesso que é sua tendência constitutiva também se converte a lógica da soberania. Esse é o caminho a ser seguido para compreender o declínio da democracia nas sociedades capitalistas contemporâneas.