Análise matemática e solução computadorizada para enxertia nas curvaturas penianas
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12323 |
Resumo: | A doença de Peyronie atinge 9% da população adulta masculina e seu tratamento, quando há deformidade significativa, é cirúrgico. A cirurgia capaz de corrigir desvios complexos (multiplanares e ampulheta) prevenindo a perda do tamanho peniano é a incisão da placa e enxertia; porém apresenta maior incidência de disfunção sexual erétil (DSE). No intuito de compreender melhor as consequências mecânicas e geométricas da cirurgia de enxertia foram recriadas as técnicas cirúrgicas mais comuns, utilizando um modelo tridimensional de cilindro. Evidenciou-se imprecisões geométricas e problemas mecânicos significativos. Desta forma A DSE pós-operatória pode estar ligada às alterações geométricas e mecânicas secundárias à enxertia. Em uma segunda fase da pesquisa, usando nosso modelo de tortuosidade peniana de tecido de algodão, criamos uma solução matemática para incisão da placa e enxertia sem defeitos residuais. A solução foi usada em 9 homens, que possuíam rigidez peniana suficiente para penetrar a parceira. Eles foram submetidos à corporoplastia com enxerto de fáscia lata, usando a nossa nova técnica, calculada por um aplicativo para o iPad. Aplicamos a versão de 5 itens do índice internacional de função erétil (IIEF-5) no pré-operatório e ao fim do acompanhamento. Após um acompanhamento médio de 16 meses nenhuma complicação significante foi observada no pós-operatório recente. A retificação completa peniana foi alcançada em 100% dos pacientes. A média de aumento no lado curto peniano foi de 3 cm e a área média do enxerto de 12.4cm2. Ao fim do acompanhamento 33% dos pacientes desenvolveram recorrência da deformidade. Um paciente (11%) apresentou intensa fibrose no corpo cavernoso e disfunção erétil (DE) severa. A média do IIEF-5 pós-operatório foi de 19.4, sem diferença estatística significante do período pré-operatório (20.4). Ao fim do acompanhamento todos os pacientes eram capazes de ter intercurso sexual, 2 (22%) pacientes com ajuda farmacológica e 7 (77%) sem ajuda. 89% dos pacientes ficaram satisfeitos com a cirurgia. Podemos concluir que a correção cirúrgica da curvatura peniana com o uso do iGrafter parece ser segura e eficiente na retificação peniana, sem provocar nenhuma deformidade residual e com uma área mínima. Mais estudos de longo prazo são necessários para confirmar estes achados. |