Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Saiovici, Samuel [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65801
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo, apresentar uma técnica desenvolvida em 2001, utilizando o retalho transverso em ilha do prepúcio, como forma de cobertura da falha ventral no tratamento de hipospádias proximais após a neouretroplastia, e nas ortofaloplastias como primeiro tempo nas cirurgias em estágios. Enquanto o tratamento de hipospádias na forma distal é bem definido na literatura, há discussão acerca de qual o melhor procedimento para a forma proximal, em tempo único ou em estágios, com utilização de retalhos prepuciais tubulizados ou não, enxertos de pele ou de mucosas, necessidade e tipos de corporoplastias, aproveitamento ou não da placa uretral, tipos de cobertura da neouretra e da falha ventral, entre outros. Desde 1982, adquirimos experiência com o uso de retalhos tubulizados e duplos retalhos transversos do prepúcio, e introduzimos modificações técnicas para reduzir complicações na correção de hipospadias proximais em tempo único. Entretanto, ao constatarmos que a maioria das complicações estavam relacionadas à porção tubulizada, não ao retalho utilizado para cobertura da falha ventral, decidimos modificar nossos procedimentos e preservar a placa uretral para a formação da neouretra quando possível. Assim, a partir de 2001, passamos a utilizar o retalho em ilha transverso do prepúcio, como forma de cobertura da falha ventral tanto no tratamento de hipospádias proximais, após a neouretroplastia, quanto nas ortofaloplastias, como primeiro tempo nas cirurgias em estágios. Apresentaremos os resultados de 38 meninos portadores de hipospádia proximal, sendo que 26 foram submetidos à neouretroplastia primária pela técnica de TIP (“Tubulized Incised Plate” longo), e 12 realizaram ortofaloplastias como primeiro tempo de cirurgia estagiada. Em ambas as técnicas a cobertura da falha ventral foi realizada com retalho transverso do prepúcio, sendo utilizado desepitelização das bordas laterais e inferiores, nos casos de cirurgia em tempo único (TIPM). Nosso interesse primário foi o de avaliar tecnicamente a utilização do retalho do modo preconizado, bem como a incidência de complicações, e verificar se este tipo de xvii cobertura da neouretra alteraria os índices das principais complicações de neouretroplastias longas. A média da idade por ocasião do tratamento cirúrgico para ambos os grupos (TIPM e Ortofaloplastia para a cirurgia em estágios) foi de 38,6 meses, com um período de seguimento médio de 37,1 meses. Houve necessidade de corporoplastias em 50% das cirurgias em tempo único e em 25% nos casos de cirurgia estagiada. Não ocorreu nenhuma complicação vascular no retalho ventral, verificando-se epidermólise superficial no prepúcio dorsal remanescente em 2 dos 26 casos de tempo único. Ocorreu deiscência parcial do retalho em 3 casos de TIPM e em um de Ortofaloplastia. As complicações tardias foram de curvatura residual em apenas um caso de ortofaloplastia, sem corporoplastia, realizada na primeira cirurgia, fístula da neouretra em 3 dos 26 casos (11,5%) de TIPM, e cistos de inclusão dérmica decorrentes da desepitelização das bordas do retalho em 7 dos 26 casos (27%) de correção em tempo único. Utilizando critérios preestabelecidos para classificação de resultados, obteve-se 77% de bons e 23% de regulares no aspecto plástico, e 88,5% de bons e 11,5% regulares, como resultados funcionais para as cirurgias em tempo único. Para a cirurgia estagiada, apenas o aspecto plástico-estético foi avaliado com resultado de 92% bom e 8% regular. Após as reoperações no grupo TIPM, de 9 cirurgias em 7 pacientes, com média de 1,34 cirurgias por paciente neste grupo, obteve-se 96% de bons resultados plásticos e 100% funcionais. Conclui-se que a nas correções de hipospadias proximais, a utilização do retalho transverso em ilha do prepúcio, na cobertura ventral de ortofaloplastias e neouretroplastias, com preservação da placa uretral tubulizada, é seguro e sem complicações vasculares no retalho. Contribui também, para uma diminuição na incidência de complicações, reoperações e, ainda, apresenta uma ótima camada de pele para futura tubulização nos casos de cirurgia em estágios. |