Aspectos morfofuncionais da zona glomerulosa adrenal de ratos com hipertensão renovascular: efeito do alisquireno
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23028 |
Resumo: | A hipertensão arterial (HA) é considerada um dos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Essa patologia não se manifesta apenas como uma elevação da pressão arterial, mas também implica alterações estruturais e funcionais de órgãos alvo, ocasionando, por exemplo, hipertrofia do ventrículo esquerdo e desenvolvimento de doença renal. A hipertensão pode ser classificada como primária (essencial), sem causa atribuível, ou secundária, que é consequência de uma causa identificável. A estenose da artéria renal é a causa mais comum desse tipo de hipertensão. O modelo definido como “dois rins um clip” (2R1C), assemelha-se à hipertensão renovascular em humanos, levando a hiperatividade do sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA). As glândulas adrenais constituem um dos principais órgãos homeostáticos dos mamíferos, pois regulam a volemia, equilíbrio eletrolítico e a pressão arterial, principalmente pela ação da aldosterona, um mineralocorticoide produzido pelas células da camada glomerulosa da região cortical da adrenal. Essa glândula é formada por duas regiões histológicas distintas: um córtex externo e uma medula disposta internamente. Ambas são envoltas por uma cápsula de tecido conjuntivo. A aldosterona é um mineralocorticóide secretado pelas glândulas adrenais, regulado pelo SRAA e atua em órgãos-alvo como coração, vasos e rins, a fim de manter o controle da volemia, equilíbrio eletrolítico e pressão arterial. Estudos recentes enaltecem a ação da aldosterona como hormônio chave no desenvolvimento da HA. O SRAA é uma cascata hormonal que através de suas múltiplas interações contribui para homeostase cardiovascular, adicionalmente regula ainda a resposta do endotélio à inflamação. A ativação excessiva ou desregulação deste tem sido reconhecida como elemento de importância na patogênese das doenças cardiovasculares, renais e na hipertensão arterial. O alisquireno é um fármaco bloqueador direto do SRAA, diminuindo a atividade da renina plasmática e a concentração de angiotensina I e II e inibição da aldosterona. Atualmente, estão em curso vários estudos para avaliação da eficácia do alisquireno na proteção de órgãos-alvo. Neste trabalho foram avaliados os efeitos estruturais e ultraestruturais do alisquireno na zona glomerulosa da glândula adrenal de ratos 2R1C. Foi avaliada a expressão do receptor AT1 assim como PGC-1α, Citocromo C, Bax / Bcl-2, EEA1 e Rab7 por imunoperoxidade. Foi observado que o alisquireno foi capaz de abrandar os efeitos deletérios causados pela hipertensão renovascular na zona glomerulosa, reduzindo a expressão do receptor AT1, Citocromo C, razão Bax/Bcl-2, EEA1 e Rab 7. Observou-se, ainda, que o alisquireno não foi capaz de atenuar a biogênese mitocondrial expressa pelo PGC-1α. Por fim, foi constatado que o fármaco foi capaz de arrefecer danos ultraestruturais na zona glomerulosa. |