Efeitos da administração do Alisquireno em rins de ratos com hipertensão renovascular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pereira, Priscila Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7883
Resumo: A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados persistentes da pressão arterial, sendo uma das principais causas de óbito no mundo. A hipertensão arterial pode ser primária ou secundária. A hipertensão renovascular representa uma das causas mais comuns de hipertensão secundária e seu progresso está associado à isquemia do rim, que leva à superativação do sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA), culminando no aumento da liberação de renina e, consequentemente, dos níveis de angiotensina II. Esse aumento pprovoca alterações sistêmicas, como o aumento do volume sanguíneo, vasoconstrição, ativação do sistema nervoso simpático e retenção de sódio e água, resultando na elevação da pressão arterial. Além das alterações sistêmicas, ocorrem alterações locais, como o estresse oxidativo, infiltração de macrófagos, liberação de citocinas pró-inflamatórias, disfunção e fibrose tecidual no rim. O bloqueio do SRAA reduz a pressão arterial e retarda a progressão da doença renal. O Alisquireno é um fármaco inibidor da renina que otimiza a supressão do SRAA. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo analisar a morfofisiologia do rim esquerdo de ratos Wistar machos com hipertensão renovascular após o tratamento com Alisquireno. A fim de induzir a hipertensão, os animais foram submetidos a procedimento cirúrgico de acordo com o modelo experimental 2 Rins-1 Clipe de Goldblatt, provocando estenose da artéria renal esquerda. Foram analisados parâmetros inerentes à pressão arterial sistólica, níveis plasmáticos e urinários de creatinina, ureia, fósforo, albumina e proteínas, estrutura e ultraestrutura do córtex renal, além de fibrose, inflamação e atividade de metaloproteinases no tecido renal. Nossos resultados evidenciaram que os animais hipertensos tratados com Alisquireno apresentaram redução da pressão arterial e restabelecimento da função renal com diminuição dos níveis de creatinina plasmática e proteínas urinárias. Além disso, foi observado um remodelamento das alterações morfológicas impostas pela hipertensão renovascular através da diminuição de fibrose e expressão de renina, laminina e citocinas pró-inflamatórias, como o TNF-α, TGF-β e IL-6, bem como a restauração da integridade da barreira de filtração glomerular. Portanto, nossos achados sugerem que o tratamento com Alisquireno possui efeito renoprotetor, atuando na melhora da morfologia, fisiologia e patologia do córtex renal de animais com hipertensão renovascular.