Projeto e facticidade: a singularidade como mobilizadora estrutural dos horizontes histórico-mundanos em Ser e Tempo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ramalho, Diego de Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17590
Resumo: O intuito fundamental da presente dissertação é examinar o diálogo basilar entre as noções de projeto e facticidade em Ser e Tempo. A partir da descrição heideggeriana de que o ente que nós mesmos somos é marcado por uma incompletude ontológica originária, veremos como a existência não deve mais ser pensada como a mera presença objetiva de entes simplesmente dados na realidade, mas sim como a dinâmica intencional na qual o ser-aí se determina tão somente por meio da assunção de modos de ser possibilitados pelo mundo fático que é o seu. Com efeito, ao fundar a essência do ser-aí no próprio existir, Heidegger investiga os caracteres de um estranho ente que, em função de sua negatividade indelével, já sempre se encontra entregue à responsabilidade pelo seu ser no interior de horizontes histórico-mundanos sedimentados. Ademais, procuraremos elucidar como estes últimos são constituídos por uma capa de preconceitos inexorável, que age como um entrave hermenêutico para o acontecimento filosófico enquanto tal, por sua vez condicionado por crises existenciais indômitas sempre possíveis de se abater sobre um ente carente de configurações últimas e aberto para o fenômeno insigne da angústia.