A estrutura da conversa em sala de aula com aluno autista: refletindo sobre estratégias interacionais de inclusão
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras, Mestrado Profissional em Rede Nacional (PROFLETRAS) - FFP |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18884 |
Resumo: | Esta pesquisa tem por objetivo a análise do uso da fala-em-interação na aula de Língua Portuguesa, a fim de investigar como pode se dar a inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no processo de ensino-aprendizagem. Usando as ferramentas disponíveis pela Análise da Conversa Etnometodológica para descrição e interpretação de dados de fala, buscamos responder “que ferramentas interacionais estão disponíveis para professores e alunos, na sala de aula de Língua Portuguesa, capazes de promover uma maior inclusão de uma criança autista?” Para tanto, procuramos analisar o modo como se dá, entre os interagentes, a organização da conversa em pares adjacentes, além de termos observado questões acerca dos mecanismos de seleção e autosseleção de falantes, bem como as maneiras de reparação da fala empregadas pelos interagentes. Além disso, esta pesquisa analisou as contribuições das organizações espaciais da conversa como a “formação em F”, que colaboraram para a participação do aluno com Transtorno do Espectro Autista. Notou-se uma resposta positiva na relação aluno-professora após insistência em selecionar o discente autista como possível e desejável interlocutor, assim como houve melhora na relação entre aluno neuroatípico e alunos neurotípicos quando naturalizaram-se as sociabilidades distintas. Concluiu-se ainda que a variação nas respostas de preferência do aluno autista participante estava relacionada à interpretação das pistas verbais, pois ele não compreendeu as de natureza referencial sequencial e utilizou bastante a “correção” como forma de sinalizar essa quebra de intersubjetividade; este fenômeno corretivo reincidente por parte dele gerou autorreparos de minha parte, oportunidades em que reformulei meus questionamentos para que ficassem mais claros e facilitasse sua participação. O aluno autista participante se selecionou e foi selecionado no que tange a estrutura pareada da conversa e toda a transformação nas interações foi possível através do instrumento da ACE e organização espacial da conversa. |