Investigação do papel de APE1 para a sinalização e atividade de STAT3 em modelos celulares de câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rodrigues, Mariana Moreno de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23235
Resumo: A proteína APE1 atua no reparo de DNA, e pelo seu domínio redox, na ativação de fatores de transcrição envolvidos na progressão tumoral. Entre esses, STAT3 regula a ativação de genes envolvidos na proliferação, sobrevivência e metástase. Com isso, APE1 e STAT3 emergem como potenciais alvos terapêuticos para o câncer. Previamente mostramos que a inibição combinada de APE1 e STAT3 em células de câncer de mama reduzem ainda mais a viabilidade quando comparado ao tratamento individual. Este dado sugere a coparticipação de APE1 e STAT3 para a sobrevivência celular no câncer de mama, porém o papel dessas sinalizações na aquisição de características relacionadas ao fenótipo maligno ainda é desconhecido no câncer de mama. Esse tipo de câncer é o mais frequente em mulheres, e em estágios avançados pode se tornar resistente a terapias e formar metástases. Portanto, investigamos a contribuição de APE1 para a ativação e atividade transcricional de STAT3, além do impacto dessa inter-relação para o fenótipo maligno de células de câncer de mama. Para isso, analisamos, nas linhagens MDA-MB-231 e MCF-7, o efeito dos inibidores de APE1 e STAT3 sobre: a atividade transcricional de STAT3, por ensaio de gene reporter; a viabilidade celular, por WST-1; a proliferação, por formação de colônia; a morte celular, por citometria; a migração, por Wound Healing; e a invasão, por transmigração em membrana Transwell revestidas de matrigel. Também investigamos o impacto dessa sinalização nos níveis de mRNA de genes que regulam positivamente a migração (RHOU e FSCN1), a transição epitélio-mesenquimal (VIM, FN1, CDH2, MMP9 e SNAI1), a proliferação e sobrevivência celular (BIRC5, MKi67 e CCND1), além de FOS que é um alvo de STAT3. Os níveis de mRNA foram analisados por RT-qPCR e as análises in silico foram realizadas por ferramentas de bioinformática, pelas quais também foi possível avaliar os níveis de fosforilação de STAT3. A combinação do inibidor redox de APE1, APX2009, com o inibidor de STAT3, Stattic, reduz ainda mais a viabilidade celular, proliferação, migração e invasão de células de câncer de mama, comparado ao tratamento individual. Ainda, Stattic, individualmente ou combinado com APX2009, diminui os níveis dos marcadores mesenquimais vimentina e fibronectina nas células MCF-7. As análises in silico indicaram que os níveis das assinaturas de STAT3 e APE1, estão positivamente correlacionados entre si e com os níveis de assinaturas de proliferação e TEM. Além disso, os níveis de STAT3 fosforilado são positivamente correlacionados com os níveis proteicos dos marcadores mesenquimais vimentina e Snail, e amostras com altos níveis de STAT3 também exibem altos níveis de fibronectina e N-caderina, e baixos níveis do marcador epitelial E-caderina. Portanto, sugerimos que a combinação da inibição redox de APE1 e de STAT3, é uma estratégia eficaz em reduzir a sobrevivência e fenótipo maligno de células de câncer de mama. Dessa forma, os resultados sugerem um importante papel da atividade redox de APE1 e de STAT3 no câncer de mama, o que pode contribuir para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas promissoras contra esse câncer.