Jamais fomos modernos no IFRJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bouhid, Roseantony Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Multidisciplinar
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14324
Resumo: A presente pesquisa buscou compreender como a educação profissional e tecnológica é construída em um instituto federal de educação, ciência e tecnologia a partir de um estudo etnográfico, realizado à luz da teoria ator-rede cunhada por Bruno Latour e Michel Callon. Os institutos federais fazem parte da política de expansão da educação profissional e tecnológica, estabelecida nos governos do ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010) e da Presidente Dilma Roussef que em 2015 está no seu segundo mandato e ocupa o cargo desde 2011. Dentre os objetivos de tais ações, encontram-se aumentar as matrículas no nível técnico integrado ao médio e levar educação de qualidade para o interior do país. As redes sociotécnicas foram as ferramentas analíticas utilizadas que permitiram identificar como as ações são distribuídas e como as práticas são constituídas pelas redes de relações frágeis e perenes entre pessoas, coisas e híbridos. As conversas travadas com professores, servidores e estudantes não distinguem campos humanísticos e científicos, administrativos e pedagógicos, científicos e políticos e apontaram para controvérsias que colaboraram para abrir as caixas-pretas dessa realidade. Os próprios atores contaram as histórias de criação e recriação desses institutos e foi possível perceber que temas como meio ambiente, sustentabilidade, segurança alimentar e outros estão presentes na prática acadêmica por ações distributivas e autorreferentes que revelam modos de vida e trabalho presentes dentro e fora dos muros da instituição onde a pesquisa se realizou. O relato pode contribuir para o campo da educação ambiental a fim de apresentar novos caminhos para a sustentabilidade, não individuais ou baseados na crítica, mas, sim, na construção coletiva de um mundo comum, mas não único.