Um defeito de cor e O caminho de casa: a representação do sujeito diaspórico em neonarrativas de escravidão contemporâneas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Antunes, Gabriella Gargalhão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20031
Resumo: O objetivo desta dissertação é analisar comparativamente a representação do sujeito diaspórico em duas obras, O caminho de casa, de Yaa Gyasi (2017), e Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves (2019), que revisitam criticamente o passado, promovendo o entrelaçamento da ficção e da história, de modo a demonstrar o impacto do cativeiro na configuração identitária dos negros escravizados e dos seus descendentes. Ambas as obras podem ser caracterizadas como neonarrativas de escravidão, termo cunhado por Bernard Bell (1987) para designar obras contemporâneas sobre o tráfico negreiro que se apropriam de fatos e personagens históricos, inserindo-os no universo ficcional. Ao fazê-lo, apresentam características das slave narratives dos séculos XVIII e XIX. Os romances serão examinados sob a perspectiva das teorias da diáspora desenvolvidas por Kevin Kenny (2013), Paul Gilroy (2001), Robin Cohen (1997), e da identidade cultural, na ótica de Denys Cuche (1999) e Stuart Hall (2003), dentre outros. Recorreremos ainda à teoria de aculturação de John Berry (2004) para analisar as estratégias adotadas pelos cativos para sobreviver e adaptar-se aos locais onde são escravizados.