Um homem de letras e de ação: a trajetória de Artur Hehl Neiva no campo imigratório do Brasil entre as décadas de 1930-1950
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em História Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22011 |
Resumo: | Artur Hehl Neiva foi engenheiro, advogado e um dos ideólogos das políticas imigratórias para o Brasil entre as décadas de 1930 e 1950. Como integrante de sua geração de intelectuais e agentes políticos, atuou em diferentes espaços de poder, tendo em torno do tema da imigração sua mais destacada produção e debate em um momento de grandes transformações políticas e institucionais. Em sua trajetória intelectual e de homem de ação escreveu dezenas de artigos sobre imigração, colonização, além de livros sobre esta temática. Porém, sua atenção não se voltava apenas a análises puramente teóricas, mas encontravam respaldos na prática, em incursões no interior do Brasil, em análises in loco de núcleos coloniais, e na seleção de refugiados de guerra nos displaced camps europeus. Compreender sua trajetória é analisar as disputas intestinas nos espaços de decisão, de compreender a influência, ou a ausência desta, na circulação que teve nas diferentes instâncias do governo Vargas, ora na Polícia do Distrito Federal, ora na Fundação Brasil Central, no Conselho de Imigração e Colonização, como Chefe da Delegação Brasileira de Seleção de Refugiados e ainda como representante do país no Comitê Intergovernamental para Migrações Europeias (CIME). Ter este personagem enquanto objeto de estudo nos possibilita observar o período entre as décadas de 1930 e 1950 por outra perspectiva, analisando as possíveis intersecções de sua atuação intelectual inserida no contexto de grandes transformações do país. Especificamente no campo imigratório, é nos debruçarmos sobre os debates em torno de conceitos caros às discussões historiográficas sobre imigração naquele contexto como campanhas de nacionalização, restrição à imigração, o tipo ideal de imigrante, a ideia de assimilação, dentre tantas outras. É, em última instância, analisar os limites de ação de um agente no interior de um sistema político-administrativo, observando permanências, nuanças e peculiaridades. |