Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Leal, Rhaiane das Graças Mendonça |
Orientador(a): |
Silva, André Felipe Cândido da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44086
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Resumo: |
O presente trabalho aborda as correspondências trocadas de 1918 a 1942 entre o literato José Bento Monteiro Lobato e o cientista Arthur Neiva. A partir do encontro dos missivistas na campanha sanitária realizada na cidade de Iguape,as suas trajetóriassão entrelaçadasàs temáticas de projetos de reforma de nação. Nos primeiros anos das correspondências são discutidos o movimento sanitarista e os ideais de paulistanidade nos discursos e ações dos missivistas; posteriormente é analisada a temática racialista na produção intelectual em diálogo com as cartas, e, por fim, serão abordadas as propostas econômicas e políticas influenciadas peloforteamericanismoe pelo sentimento antilusitanistatambém presente nascríticas a burocracia institucional brasileira. Monteiro Lobato e Arthur Neiva são integrantes de uma geração de intelectuais dedicados a pensar os projetos nacionais, ambos identificados como “polígrafos”, categoria utilizada pra pensar osletrados da geração de intelectuais no Brasil da Primeira República. Os polígrafos almejavam atender às demandas da grande imprensa, as revistas, aos dirigentes e líderes políticos de forma crítica, com crônicas, artigos ou discursos. Os missivistas foram integrantes da rede de sociabilidade de Revista do Brasil e do jornal O Estado de São Paulo.Esses intelectuais apresentaram os deslocamentos, rearranjos e a circulação de ideias nas primeiras décadas do século XX. Monteiro Lobato foi um prolíficomissivista da sua rede de sociabilidade, todavia, Arthur Neiva era um destinatário que gozava de posição particular na rede de relações de Lobato. Foi um confidente e ao mesmo tempo um cientista e intelectual de amplos interesses, com quemLobato tanto se identificava quantosentia ser compreendido, em grande medida pelo entusiasmo do escritor pelas ciências e pela versatilidade de conhecimentos do cientista.A temática pública é essencial no itinerário de Lobato e Neiva, que apresentaram similitudes na identidade intelectual ecompartilharam de um nacionalismo militante nas cartas como também na atuação pública. |