Cartografia e ensino: uma análise da abordagem de mapeamento participativo como possibilidade para a educação geográfica
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16888 |
Resumo: | Consideramos o mapeamento participativo como uma maneira de produzir mapas de forma coletiva e autônoma, onde os integrantes do processo conduzem, de forma conjunta, as escolhas técnicas e políticas da produção cartográfica – podendo estes ser especialistas ou não. A problemática central da pesquisa gira em torno da seguinte questão: o mapeamento participativo pode ser uma ferramenta, uma forma de mapeamento com potencial para, através da construção coletiva e uso dos mapas, contribuir como possibilidade para a educação geográfica? Sendo assim, o objetivo geral é analisar o mapeamento participativo como possibilidade didático-pedagógica para a educação geográfica. Para isso, na parte teórica, houve revisão bibliográfica e discussão acerca da cartografia, dos mapas, suas características, possibilidades, politicidade e sua inserção dentro da ciência geográfica; além disso, também foi efetuado o mesmo processo em relação aos mapeamentos de caráter coletivo, a educação geográfica, suas possibilidades formativas e os métodos de ensino ativos enquanto possibilidade pedagógica para o ensino. A partir disso, na parte empírica houve a aplicação de um projeto de mapeamento participativo em uma turma de graduação em Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, gerando uma série de mapas produzidos pelos próprios estudantes sobre os espaços da universidade e de seu entorno. Posteriormente, há aplicação de questionário e da técnica de grupo focal com os participantes do mapeamento, com a intenção de gerar dados que possibilitem avaliar os impactos e possibilidades pedagógicas da atividade. Para a análise dos dados gerados foram criadas e utilizadas 4 categorias de análise: geografia, cartografia, método de ensino, cidadã-social. Através de cada uma dessas categorias é possível fragmentar e agrupar os dados para análise. Além disso, foi aplicado questionário com docentes de geografia da educação básica, buscando identificar suas percepções sobre métodos de ensino, cartografia e seu uso na educação geográfica, funcionando de forma complementar aos dados levantados pelo grupo focal e questionário com estudantes e atuando como mais uma ferramenta para possibilitar a análise do mapeamento participativo na educação geográfica. Posteriormente, há a síntese de todos os dados, tornando possível identificar as possibilidades que o mapeamento participativo pode proporcionar para a educação geográfica. A partir de então, identificou-se que o mapeamento participativo executado por graduandos de geografia gerou variadas possibilidades de aprendizagens cartográficas, geográficas e de caráter cidadã-social, tanto através da produção de mapas quanto do exercício de análise dos mesmos. Além disso, enquanto método ativo de ensino, o mapeamento participativo gerou engajamento dos participantes e percepção positiva da atividade. Por fim, identificamos que o mapeamento participativo é uma possibilidade pedagógica e metodológica tanto para a aprendizagem geográfica quanto cartográfica, vindo a ser mais uma ferramenta para a educação geográfica. |