Investigação de novos mecanismos genéticos e epigenéticos relacionados à Síndrome do X-frágil
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20360 |
Resumo: | A síndrome do X Frágil (SXF) é determinada por uma expansão instável da repetição de trinucleotídeos CGG na região 5’ UTR do gene FMR1, sendo reconhecidas quatro categorias alélicas: normal (N, ≤44 CGGs), intermediária (I, 45-54 CGGs), pré-mutação (PM, 55-200 CGGs) e mutação completa (FM, >200 CGGs). Os indivíduos com a SXF apresentam a FM, que resulta no silenciamento do gene por hipermetilação das repetições CGG e do promotor do gene FMR1. A instabilidade nas repetições expandidas pode resultar em mosaicismo de tamanho, formado pela FM com outras categorias de alelos ou com deleções. Com a dificuldade de amplificar essa região, a investigação da SXF é complexa. Ainda, dados recentes apontaram para uma borda de metilação a montante das repetições, que é perdida em pacientes com a SXF, levando à disseminação de uma metilação de novo até o promotor do FMR1. Com isso, o presente estudo teve como objetivos principais reavaliar um grupo de 101 homens com SXF, visando a caracterização de padrões atípicos, analisar a presença da borda de metilação e identificar novos marcadores epigenéticos próximos às repetições. Através da metodologia de reação em cadeia da polimerase direcionada para repetições de trincas (TRP-PCR), a FM “pura” foi confirmada em 52,5% dos indivíduos. Já 27,7% dos pacientes apresentaram mosaicismo de tamanho, sendo 15,8% com PM+FM, 8,9% com N+FM e 3% com N+PM+FM. Seis pacientes (5,9%) ainda apresentavam uma deleção próxima às repetições, evidenciada por metodologias adicionais, podendo observar microhomologia entre os pontos de quebra em alguns deles. A análise de marcadores genéticos no cromossomo X não revelou nenhum caso de síndrome de Klinefelter (47,XXY) entre os casos atípicos de mosaicismo de tamanho. A literatura tem relatado casos de mosaicismo de tamanho com frequências de 12 a 41%. Através de pirosequenciamento de DNA genômico tratado com bissulfito de sódio, foi possível observar uma redução nos níveis de metilação nas CpGs 65-70 à montante do FMR1 em controles, ratificando a presença da borda de metilação, estando esta ausente em pacientes com FM, o que corrobora dados da literatura. Essa borda também parece ser perdida nos indivíduos com mosaicismo de tamanho. Como destaque deste estudo, identificamos uma CpG intrônica com um padrão de metilação inesperado no heatmap, estando hipermetilada em indivíduos controles e hipometilada em pacientes com a SXF. Estudos recentes sugerem que a metilação de elementos intragênicos estejam envolvidos na regulação da expressão gênica. Portanto, esta CpG tem grande potencial para ser usada como um novo marcador epigenético para a SXF, com um valor de corte de 69,5% e especificidade, sensibilidade e acurácia de 100%. Estes resultados promissores podem estimular o desenvolvimento de uma nova metodologia para o diagnóstico para a SXF |