Identificação do sítio fra(X) por técnicas citogenéticas com o uso de antagonistas e diferentes meios de cultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Duarte, Christiane Eliza Motta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me
Mestrado em Genética e Melhoramento
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4768
Resumo: A Síndrome do X frágil é a principal causa de retardo mental hereditário com prevalência estimada de 1 em cada 3600 homens e 1 em cada 4000 a 6000 mulheres. Essa síndrome provoca comprometimento intelectual e social moderado a severo, associado com características como cabeça e orelhas grandes, rosto alongado e macroorquidismo. A causa mais frequente dessa desordem é a expansão do trinucleotídeo CGG localizado na região 5' UT do gene FMR-1, em Xq27.3. Esse loco corresponde a um sítio frágil que pode ser visualizado em cromossomos metafásicos sob condições seletivas de cultura. Neste estudo analisamos dois irmãos com indicativo clínico da Síndrome do X frágil. Linfócitos oriundos de sangue periférico foram avaliados após 96 h de cultura a 37°C em meio RPMI 1640 (suplementado com 5% de FBS, 20 mM de HEPES, 2 mM de glutamina e 1% M-PHA), LymphoGrow® e PB-MAX®. Para as culturas com antagonista, dois tubos de cada meio disponível foram preparados, e em cada um, 0,25 μg/mL de fluorodeoxiuridina (FUdR) ou 8 μg/mL de metotrexato (Mtx) foram adicionados 72 h após o início da cultura. As culturas foram colhidas após 95 h e 45 min utilizando-se métodos de rotina, após exposição a 0,1 μg/mL de colcemide durante 15 min. As lâminas foram coradas com Giemsa 5% para rastreamento de cromossomos fra(X), e a técnica de bandeamento G foi empregada para a confirmação do sítio frágil na região Xq27.3. Os linfócitos cultivados nos meios RPMI 1640, LymphoGrow e PB-MAX responderam de forma equivalente à adição dos antagonistas. Não houve diferença significativa pelo teste F a 5% de probabilidade entre o número médio de metáfases observado nos três meios em combinação com FUdR. Do mesmo modo, nos três meios o tratamento com metotrexato foi muito tóxico e resultou em número insuficiente de células analisáveis. Nessas culturas com Mtx não foram detectados cromossomos fra(X). Um total de 208 metáfases para irmão 1 e 205 para o irmão 2 foram analisadas, das quais 21% e 20%, respectivamente, foram positivas para X frágil. Esses dados estão de acordo com a estimativa de expressão em homens afetados que varia de 10-40% e corroboram com os de outros estudos que reportaram que homens da mesma família tendem a apresentar frequências similares de fra(X). Os procedimentos para a indução de sítio frágil e análise citogenética mostraram-se adequados para identificação de FRAXA nos irmãos analisados com indicativo clínico da Síndrome do X frágil.