Onde mais te vês é lá que mais te diz: um estudo do narrador em "Os papéis do Inglês", de Ruy Duarte de Carvalho, e "Nove Noites", de Bernardo Carvalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Alvernaz, Juliana Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6673
Resumo: A partir de uma moldura de análise comparatista que considera as relações Sul-Sul, este trabalho busca analisar a obra Os papéis do inglês – primeiro volume da trilogia Os filhos de Próspero, composta também por As paisagens propícias e A terceira metade – do escritor angolano Ruy Duarte de Carvalho, em comparação com o romance Nove noites, do brasileiro Bernardo Carvalho. Os dois romances constroem-se por mecanismos literários semelhantes que instauram encenações da escrita e boicotes da dimensão referencial por meio de três vieses: autoficção, elementos de etnografia e paródia do romance policial. Isto posto, será analisada a configuração do narrador nas obras, considerando sua plasticidade e deslocamentos entre o narrador-autor, o narrador-etnográfico e o narrador-detetive. A ênfase da pesquisa, portanto, está na comparação dos narradores das obras e nas estratégias de composição narrativa, as quais se tornam relevantes não só para pensar aspectos estéticos, mas também para refletir sobre as representações do “Eu” e do “Outro” que atravessam as duas obras