Padrões de associação e distribuição de helmintos em anuros no Brasil
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4955 |
Resumo: | Na Mata Atlântica, há um conjunto de espécies de anfíbios que representa um bom modelo de estudo para se investigar as relações de parasitismo por helmintos. Assim, na presente tese, foi avaliada a fauna de helmintos associada às diferentes espécies hospedeiras de anuros no Brasil. No primeiro capítulo, foi realizada uma revisão sobre os padrões de associação e distribuição de helmintos em espécies de anuros no Brasil. Um total de 109 espécies de anuros brasileiros foi registrado contendo, ao menos, um helminto parasita, sendo as famílias Bufonidae e Leptodactylidae as mais representativas. A maioria dos anuros (56,7%) teve menos de dez espécies de helmintos registradas. Leptodactylus latrans foi a espécie com a maior riqueza de helmintos registrados (N = 61 spp.). Um total de 164 espécies de helmintos foi registrado, sendo Cosmocerca parva o helminto que ocorreu em um maior número de espécies de anuros (N = 20 spp.). O parasitismo por helmintos pode ser influenciado pelo tamanho corpóreo e pelo tipo de ambiente que o hospedeiro ocupa. A influência da dieta e do sexo ainda necessita de um melhor entendimento, uma vez que são raros (se não ausentes) os estudos que abordaram esta questão para os anuros do Brasil. No segundo capítulo, foi avaliada a relação entre a comunidade de helmintos e a de anuros hospedeiros vivendo no folhiço da Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), RJ, Brasil. Ao todo, 561 anuros de folhiço pertencentes a 13 espécies e sete famílias foram amostrados na REGUA. No total, foram registrados 1616 helmintos classificados em 13 espécies pertencentes aos filos Acanthocephala (2 spp., 2 famílias), Nematoda (10 spp., 6 famílias) e Platyhelminthes (Classe Cestoda; 1 sp., 1 família). Dentre as 12 espécies de anuros parasitadas, a riqueza de helmintos variou de uma (Dendrophryniscus brevipollicatus) a dez (Rhinella ornata) espécies. As espécies de helmintos que infectaram um maior número de espécies de anuros foram Cosmocerca parva (N = 9) e Cosmocerca brasiliense (N = 8). Já no terceiro capítulo, foi avaliado o efeito do tamanho do corpo e da abundância de anuros de folhiço da REGUA sobre a riqueza de helmintos, a prevalência e a intensidade média de infecção (IMI). Houve relação positiva e significativa entre a riqueza de helmintos e o comprimento rostro-cloacal (CRC) máximo de cada espécie de anuro. Houve relação positiva e significativa entre a IMI e a abundância e o CRC máximo de cada espécie de anuro, no entanto, apenas o CRC influenciou significativamente a IMI. O CRC dos anuros influenciou positiva e significativamente a intensidade total de helmintos parasitas nas quatro espécies avaliadas. Para a maioria das espécies, não houve diferenças sexuais na intensidade total de helmintos, no entanto, as fêmeas de H. binotatus tiveram maior intensidade total de helmintos do que os machos, mesmo quando o efeito do CRC foi excluído na análise |