Labirintos da Lembrança: corpo e memória como recursos investigativos
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23286 |
Resumo: | Esta tese é um sonho materializado em coletivo, juntamente com companheiras, encontros na feira, no trem, nas escolas, na cachoeira, pessoas humanas e não humanas, referências que nutriram este solo, deslocaram e orientaram as noções de Tempo, Território e Memória, três palavras/ideias/conceitos/guianças, conjuros para a transformação dos cotidianos, desejos de criação e destruição. Tempos. Territórios. Memórias. Modos plurais de pensar e viver complexas experiências que atravessam a vida de todes, sobreviventes que somos da violência colonial. Essa pesquisa vagueia por corpos coletivos. Despertas e atentas para a compreensão dos territórios como parte de nós mesmas, impregnadas pela relação entre vida e morte, um complexo cheiro de podre que entra pelas narinas, experiências de transformação, mas também de dor pelas separações abruptas e violentas. Estar inteira é também assumir estar despedaçada por essas experiências, é assim caminhamos pelo terreno colonial, recolhendo cacos, fragmentos de nossas histórias, de outras possibilidades de afeto, de criação e de desejos. Acolhendo invenções, experimentações e mudanças de percurso como estratégias de pesquisa, misturando teorias que se complementam e auxiliam em mergulhos mais profundos, desejamos criar uma cartografia imago-textual que seja sensível, fluida e porosa, aberta ao que está em volta. Cartografia que nos orienta a partir das margens e fronteiras como lugares de potência, afeto, resistência e criação. Usando ferramentas de orientação, em sua maioria emprestadas por companheiras e companheires, pessoas negras e indígenas, profes, estudantes, parcerias de vida, em diálogo com as teorias feministas e decoloniais que ressignificam a produção de epistemologias como campos amplos de invenção e diversidade, e não como verdades que nos aprisionem. Autorias que falam o que por muito tempo foi impedido de ser partilhado; propostas, leituras de mundo, problematizações diversas fundamentais à fertilização do entendimento historicamente árido a respeito das realidades dos muitos grupos e instituições pelos quais circulamos, e que fazem um convite à invenção de mundos outros. |