Psiquiatria científica e pacientes crônicos no Brasil: um combate republicano
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15187 |
Resumo: | Este trabalho tem por objetivo discutir o surgimento da noção de paciente crônico no imaginário psiquiátrico brasileiro. Como referencial cronológico, foi adotado o período em que o médico João Carlos Teixeira Brandão ocupou a direção do Hospício Nacional e da Assistência Médico-Legal de Alienados (1890 a 1900). Esse foi o momento ao qual se pode atribuir o início, no Brasil, de uma psiquiatria com pretensões de cientificidade, pois até então a conduta médica com relação aos loucos havia se resumido em custodiá-los, inexistindo, a rigor, qualquer forma de tratamento. A partir da República, a psiquiatria brasileira passou por uma reforma conceitual e institucional, que se traduz, por um lado, na introdução de novas correntes teóricas; e por outro, numa segmentação da assistência, com a criação das chamadas colônias psiquiátricas, cuja função era acolher os crônicos pacientes tidos como incuráveis que atulhavam o espaço do Hospício, dificultando o tratamento aos demais internos. É pela construção do dispositivo da cronificação que a psiquiatria brasileira inicialmente irá buscar a renovação de sua legitimidade tanto do ponto de vista médico-científico quanto social , abalada então pela já evidente ineficácia do dispositivo asilar |