Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Rizzi, Iuri Rocio Franco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/13853
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Resumo: |
Trata-se de um estudo sobre as práticas de organização e tratamento do arquivo pessoal do médico e folclorista Theotônio Vilela Brandão (1907-1981), custodiado no Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore, sob a perspectiva da sua institucionalização. A abordagem metodológica empregada foi um estudo de caso intrínseco, com o emprego de pesquisa de campo e métodos de coleta de dados diversificados, como levantamento bibliográfico, observação participante e pesquisa documental. Discute a relação de documentalista e pesquisador com a documentação pesquisada, levando a considerar uma abordagem de estudo de caso com “viés etnográfico”. A justificativa apoia-se na necessidade de refletir acerca da Ciência da Informação e áreas afins, considerando sua interdisciplinariedade, bem como os processos de produção, acumulação e transferência de documentos para instituições de guarda. O titular, Théo Brandão, formou-se em Medicina e Farmácia, atuou durante muitos anos no ofício de médico obstetra e pediatra, ao mesmo tempo em que gradualmente foi “aderindo” ao folclore, até passar a dedicar-se integralmente à cultura popular em Alagoas, coletando objetos e produzindo uma grande quantidade de documentos, como anotações e rascunhos, fotografias, gravações sonoras, entre outras. O material analisado permitiu vislumbrar relações mantidas pelo titular ao longo de sua atuação como folclorista e docente. A transferência de seu acervo pessoal para o Museu aconteceu de forma fragmentada, primeiro com a doação dos objetos e obras, induzindo a criação do Museu, em 1976. Após o seu falecimento, ocorreu a doação do acervo bibliográfico, documental e sonoro. Além destes, outros conjuntos documentais foram sendo incorporados à instituição ao longo dos anos. Desta forma, conjuntos arquivísticos foram “misturados”, ao serem armazenados no mesmo local e sem uma separação física ou intelectual, o que poderia determinar a proveniência dos documentos (e invólucros). Considerando-se que o respeito aos fundos é um dos princípios da Arquivologia, esta mistura acarretou graves problemas para o seu processamento técnico. Por ser uma situação recorrente, cumpre aos documentalistas e pesquisadores encontrarem formas de resolvê-la ou minimizá-la, buscando desenvolver ou aprimorar métodos e técnicas que permitam reconstituir os fundos arquivísticos. Para tanto, metodologias como as análises diplomática, tipológica e de conteúdo, podem não ser suficientes, exigindo outras metodologias de pesquisa para os arquivistas e documentalistas, que busquem investigar o contexto social e institucional em que estão inseridas. O trabalho destaca ainda as estratégias empregadas na salvaguarda da documentação do Museu. Considera-se que as práticas de organização da informação são práticas sociais localizadas no tempo e no espaço e, portanto, podem fornecer pistas para compreender não apenas os conjuntos em si, mas o contexto social em que estão inseridos e, portanto, a própria sociedade. A pesquisa contribuiu para a compreensão dos conjuntos arquivísticos custodiados pelo Museu, bem como a descrição dos elementos da área de contextualização do arquivo pessoal analisado e a metodologia empregada auxiliar no tratamento de arquivos pessoais, bem como no delineamento e planejamento de sistemas de documentação histórica e patrimonial. |