“Que se pode fazer só com palavras?” Escrita de si, intelectualidade e o nacional nos cadernos de cárcere de José Luandino Vieira (1962-1971)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Guimarães, Rogério da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18821
Resumo: A tese analisa, por meio dos seus cadernos de cárcere, a conjunção do projeto político e literário de José Luandino Vieira que fora desenvolvido durante o seu período de encarceramento. José Luandino Vieira é um renomado escritor e intelectual angolano que fora um preso político do regime colonial português entre 1961 e 1974. Seus diários foram escritos entre 1962 e 1971, período que esteve aprisionado em diversas cadeias de Luanda, Angola, e no Campo de Trabalho de Chão Bom, mais conhecido por Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde. Os seus diários trazem anotações, correspondências (cartas e bilhetes internos), esboços literários e apontamentos. Por meio da escrita de si, podemos averiguar a manifestação e a consolidação de sua intelectualidade em um projeto político e literário que evidenciava o propósito comunitário de Angola como o espaço de união e resistência coletiva. Além disso, o autor apresenta uma visão do cárcere como observatório excepcional da nação angolana. Tendo os cadernos como materialidade de uma escrita íntima, expressam-se as angústias e sonhos pessoais. Além de um grande testemunho do cotidiano carcerário durante o período de luta pela independência de Angola.