Dois cárceres, uma certeza: a morte. Um estudo comparado entre \'A vida verdadeira de Domingos Xavier, de José Luandino Vieira e \'Memórias do cárcere\', de Graciliano Ramos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: David, Debora Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-01082006-074426/
Resumo: Este trabalho apresenta uma análise comparada empreendida ao abrigo da linha de pesquisa \"literatura e sociedade nos países de língua portuguesa.\" Deste modo, realizamos o cotejo entre as obras A vida verdadeira de Domingos Xavier, de José Luandino Vieira, escrita em 1961 e publicada em 1974, e Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, escrita entre os anos de 1946 e 1952, e publicada logo após a morte do escritor em 1953. O objetivo desse trabalho é o estudo do engajamento da Literatura nos problemas sociais e políticos de uma nação e, como recorte principal, a atuação relevante dos escritores no painel social em que se encontram inseridos. A leitura das obras, em que aparece plasmada a realidade representada pelos regimes de exceção mostrou-nos a amplitude da transfiguração da realidade operacionalizada em tais regimes, a iminência da absoluta aniquilação física e psicológica do ser humano, o cárcere no seu interior e o desrespeito à dignidade humana. No entanto, encontramos também diferenças como a estratégia formal adotada por cada escritor e a relação construída entre a identidade individual e coletiva. Essas observações entre outras possíveis permitiram a elaboração de um diálogo comparatista que se orienta principalmente pela problemática do tratamento da forma literária a partir de determinados elementos incidentais e comuns às referidas obras, que são o autoritarismo e a violência.