Leucocidina de Panton-Valentine em amostras de Staphylococcus aureus resistente a meticilina: correlação com aspectos clínicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Correal, Julio Cesar Delgado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8629
Resumo: As infecções graves por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) aumentam de forma importante a morbidade e a mortalidade dos pacientes, com impacto também nos custos associados ao atendimento. Conhecer a prevalência e expressão de fatores de virulência tais como a leucocidina de Panton-Valentine (PVL) destes microrganismos pode permitir intervenções futuras que diminuam a mortalidade e as sequelas dos pacientes que apresentam infecções potencialmente letais. Avaliar a prevalência e a virulência da PVL em amostras de S. aureus isolados nos pacientes graves assistidos em hospitais da cidade de Rio de Janeiro e verificar a associação desses fatores com as características clínicas, as respostas terapêuticas, e os desfechos clínicos dos pacientes. Usando informações das bases de dados do laboratório de microbiologia, da farmácia e das comissões de controle da infecção hospitalar de hospitais da cidade de Rio de Janeiro foi realizado um estudo prospectivo das infecções causadas por cepas de MRSA. Na avaliacão da susceptibilidade aos antimicrobianos usados em infecções graves por MRSA (vancomicina, teicoplanina, daptomicina e linezolida), foram determinadas as concentrações inibitórias mínimas (CIM) das amostras por diferentes metodologias (testes de difusão em agar, microdiluicao e fita de gradiente de concentração). Adicionalmente foram realizadas análises genotípicas para determinar complexos clonais e testes de aglutinação em látex para avaliar a expressão da toxina PVL. No total, selecionamos 51 amostras de MRSA com perfis suscetíveis a antimicrobianos não betalactâmicos. Aproximadamente metade dos pacientes com infecção por MRSA eram jovens (0-14 anos, 47%) e sexo masculino predominava (58,8%). As doenças infecciosas foram na maioria infecções de pele e partes moles (33,9%). Não foi detectada resistência a linezolida, daptomicina ou teicoplanina e nenhuma das amostras apresentou heterorresistência à vancomicina (MIC menor a 1 μg/dL). A maioria das cepas foram correspondentes aos SCCmec tipos IV (80,3%) e a prevalência da toxina de PVL foi alta entre estas amostras (68,8%). As cepas PVL(-) eram mais frequentemente associadas ao SCCmec tipo II (40%). Amostras PVL(+) mostraram uma produção inesperadamente alta de toxina em quase metade dessas amostras (52,7%) e 36,1% dos isolados expressaram títulos muito altos na aglutinação em látex. MRSA com perfis suscetíveis a antimicrobianos não beta-lactâmicos circulando no Rio de Janeiro, apresentam alta produção de toxina PVL. Aproximadamente metade das amostras analisadas apresentou alta produção desta toxina e um terço delas com característica de hiperprodução da mesma.