“O que a gente não registra, o vento leva”: diálogos com intelectuais negros(as) da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Luiz Gustavo Santos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17802
Resumo: A presente tese está inserida no campo de estudos dos cotidianos e se propõe a tecer diálogos com intelectuais negros(as) da Associação de Pesquisadores(as) Negros(as) da Bahia/APNB buscando compreender quais repertórios político-culturais influenciaram na aglutinação e ainda mantém reunidos(as) estes(as) mesmos(as) pesquisadores(as) em torno dela e quais são os seus propósitos. A partir da metodologia da história oral, converso com nove intelectuais que participaram da fundação ou ajudaram na constituição da APNB. Dentro deste conjunto de pesquisadores(as), três estiveram envolvidos(as) também na construção e implementação de um programa de formação docente, o Programa AfroUneb que ocorreu na Universidade do Estado da Bahia em 2005. A partir de um diálogo entre as minhas próprias memórias e as memórias destes(as) intelectuais negros(as), estabeleço um “xirê” epistêmico, uma representação simbólica tomada por empréstimo do universo epistemológico afro-brasileiro, especificamente das religiões de matrizes africanas. Finalmente, nas narrativas destes(as) pesquisadores(as), inseridas no campo das histórias orais de vida e temática, compreendo que a militância nos movimentos negros e a aguçada consciência negra compõem boa parte das suas trajetórias, repertórios político-formativos que nomeio de posicionamento ético-afetivo-solidário, processo que sustenta muitas das ações da APNB.