Vadias, homicidas, ladras, embriagadas, prostitutas, adúlteras, defloradas, desordeiras, obscenas, alienadas: mulheres na Casa de Detenção da Corte imperial (1860-1889)
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10456 |
Resumo: | A tese deste trabalho se devotou a saber quem eram as mulheres presas na Casa de Detenção da Corte no tempo proposto aqui. Conjuntamente a isso, analisamos o porque, como e que tipo de mulheres foram enviadas para lá. Para tal investida, se fez necessário saber o que era essa prisão, para que foi instituída e que práticas educativas foram possíveis a fim de manter a ordem no lugar. Quanto às presas, tivemos que saber quem eram (ocupação, idade, condição civil, entre outros) e os crimes cometidos. Para essas problematizações, no que concerne ao horizonte teórico-metodológico, nos ancoramos na noção de disciplina proposta por Michel Foucault (2005). Disciplina que organiza, separa e classifica para melhor vigiar e punir. Nos espaços geopolíticos da cidade ou nos da prisão, essas mulheres deveriam seguir modos de comportamentos ditos desejáveis para elas. Mas, para as nossas personagens, isso ficou no campo da teoria, pois, ao produzirem resistências - mataram, roubaram, adulteraram, entre outros -, subverteram essas diretrizes e, de uma forma ou de outra, acabaram presas e encaminhadas para a Casa. O Contado com a documentação judicial - processos criminais, relatórios do Ministério da Justiça e Livros de Matrículas da Casa de Detenção -, além de periódicos, nos ajudaram a contar a respeito das histórias dessas vidas infames , que chegaram ate nós porque esbarraram com o poder: cometeram crimes, foram processadas, julgadas ou absolvidas. Documentaçao observada sem a intenção de descobrir algo novo, mas sim revelar a concretude da superfície dos ditos como enunciados passíveis de serem pronunciados e registrados. Essas investigas nos possibilitaram um contato maior com as práticas penitenciárias utópicas imperiais, que objetivaram prisões limpas e seguras, mas esbarraram na burocracia, falta de interesse e inconveniente que as prisões haviam se tornado. Por fim, o trabalho se justifica por se inédito. Não há trabalhos que contemplem as encarceradas da Casa de Detenção no tempo aqui proposto |