O choque tecnológico na Educação: entre a modernização do velho e o velho na modernização
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14832 |
Resumo: | A presente tese se propôs estudar os contornos assumidos pelos atuais programas sociais de Inclusão digital, de forma geral, e os educacionais, de forma particular, assim como perceber a relação destes com a reforma educacional, iniciada nos anos finais do século XX no Brasil. Nessa pesquisa, buscou-se investigar como vêm sendo produzidos os programas sociais de Inclusão digital nos países que se encontram na ―periferia‖ do centro hegemônico do capital. Estes programas são justificados pela necessidade de redução da brecha digital na nova ―Sociedade do Conhecimento‖, uma desigualdade social de novo tipo a qual vem sendo tratada fenomenicamente como ―exclusão digital‖, não tocando, em muitos momentos, nas estruturas que produzem a desigualdade social na sociedade capitalista. Os traços do fenômeno aqui analisados reforçam uma perspectiva dual de desenvolvimento, bem como podem corroborar para o aprofundamento das desigualdades sociais. Ademais, sob a lógica do choque tecnológico na educação, como um choque de futuro, fornecem a base tecnológica, muitas vezes já periférica, para alinhamento da educação ao modelo pós-fordista, em especial pela massificação do ensino à distância. Analisou-se, a partir da reforma do Estado a partir da década de 1990, a política educacional, em geral, e a brasileira, de forma específica, como uma política social, apontando nesse movimento a recontextualização das TIC, em especial, a partir da reiteração do fetiche tecnológico. Verificou-se um ―retrocesso‖ das ideias pedagógicas progressistas, no tocante às concepções de ensinar e de aprender, a partir de uma (re)configuração da concepção tecnicista e produtivista de educação que reforça uma concepção objetivista de ensino e de aprendizagem. Com isso o que se percebe é que o choque de futuro na educação provoca uma síntese superior por dentro de uma concepção conservadora de educação e de aprendizagem em que o novo e o velho convergem para uma concepção objetivista e fragmentada do conhecimento e, portanto, para o robustecimento destes ideários pedagógicos. O eixo vertical que perpassa toda a tese consistiu na discussão acerca da relação orgânica das políticas sociais de inclusão, em especial as de Inclusão digital, voltadas à área educacional, com a Teoria do Capital Humano, posto que esta como aquela tomam o determinado como determinante, e assim, ambas mantém e reforçam seu caráter ideológico e fetichizado na manutenção da lógica da inclusão utilitária |