Do fervor à febre: empreendedorismo, suas origens e representações
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21605 |
Resumo: | A presente tese pretende mostrar o porquê e como o empreendedorismo tornou-se um ponto de apoio normativo que orienta o engajamento no neoliberalismo tanto pelas virtudes individuais que apregoa (a “coisa boa”) quanto por suas justificações mais gerais (o “bem comum”). Para isso, estabelece-se uma distinção entre o empreendedorismo como categoria analítica e como categoria nativa a fim de diferenciar o conceito (propriamente dito) das múltiplas identificações empíricas e representações sociais que assume. Em seguida, a partir das noções de fervor empreendedor e febre empreendedora, observa-se o transbordamento do conceito do lócus científico-universitário até o seu posterior espraiamento no tecido social. Em conjunto, ambas as noções propõem-se a responder como o conceito informou um universo amplo de políticas e condutas, sobretudo durante a forte reorientação político-econômica pró-mercado ocorrida nos anos 1980, até alcançar notável repercussão midiática e sedimentar a percepção geral do empreendedorismo como uma “coisa boa” e representação de um “bem comum”. Contudo, a partir da análise das trajetórias de vida de Estevão e Tereza, verifica-se que, apesar da força discursiva do empreendedorismo ser inquestionável, ela não é irresistível, pois, como categoria nativa, adquire contornos e significados próprios e não necessariamente vinculados à razão neoliberal. |