Pesquisa de marcadores circulantes em lesões impalpáveis da mama: alterações somáticas e epigenéticas
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8809 |
Resumo: | A detecção precoce do câncer de mama aumenta consideravelmente as chances de cura, porém a identificação de lesões iniciais e impalpáveis ainda é um desafio. A mamografia é direito público da mulher somente após os 50 anos de idade segundo o Ministério da Saúde, o que contribui para um diagnóstico tardio, com lesões já palpáveis e de estadio avançado. Além disso, o processamento das imagens é alvo constante de erros de interpretação e resultados equivocados. A busca por marcadores tumorais circulantes vem sendo amplamente explorada na tentativa de minimizar tratamentos agressivos e contribuir para a detecção precoce do câncer de mama. A dificuldade na clínica é determinar com segurança quais os marcadores moleculares seriam capazes de diferenciar as lesões benignas autênticas, das pré-malignas e das malignas. O câncer de mama é consideravelmente heterogêneo e com desfechos clínicos variáveis, não sendo possível determinar a evolução da lesão mamária e o fenótipo das células tumorais. Os genes supressores tumorais têm se tornado os principais candidatos a marcadores, devido à frequência de alterações detectadas em cânceres de mama. O objetivo do trabalho foi investigar dentre o conjunto de genes supressores, aqueles com maiores taxas de mutações somáticas e alterações epigenéticas constantes em lesões ainda em processo inicial. A análise da região codificante dos genes TP53 (4-9) e CDKN2A (1-3) foi realizada em 62 amostras, das quais 21 tiveram histopatológico final de benignidade, e 41 de malignidade. Nenhuma mutação foi encontrada por sequenciamento automático nestes genes. A avaliação epigenética dos genes TP53, CDKN2A e ATM nas lesões impalpáveis, sangue e saliva apresentaram resultados diversos. Dentre as 62 lesões mamárias avaliadas 1 (1,6%) foi positiva para p14ARF, 3 (4,8%) para p16INK4a e 33 (53,2%) para ATM . Dentre as 39 amostras de DNA do sangue periférico, 10 (26%) foram positivas para p14ARF, 17 (44%) para p16INK4a e 16 (41%) para ATM. Dos casos de saliva, 1∕39 (2,6%) apresentou metilação para p14ARF , 6∕39 (15,4%) para p16INK4a e 9 (23%) para ATM. A avaliação estatística não revelou valores significativos quando comparados as variáveis clínicas das pacientes. As lesões avaliadas conferem com o estágio precoce da carcinogênese mamária e vêm corroborar com a literatura que determina que as mutações somáticas são frequentes em lesões avançadas, com subtipos histológicos, e fatores de prognóstico mais agressivos. Já os achados epigenéticos, embora sem associação de significância estatística, se destacam pela frequência nos fluidos secundários à lesão mamária e despertam a necessidade de investigação mais refinada. |