Relevância das citocinas angiogênicas (VEGF e PlGF) e antiangiogênicas (sFlt-1) na assistência às pacientes grávidas com lúpus eritematoso sistêmico
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22816 |
Resumo: | O lúpus eritematoso sistêmico (LES) afeta desproporcionalmente as mulheres em relação aos homens e as atinge com maior incidência durante os anos reprodutivos. Apesar da melhor compreensão do curso da doença e do seu tratamento durante a gravidez, ainda persistem elevadas taxas de comprometimento do bem-estar materno e fetal, principalmente naquelas que apresentam doença ativa na concepção ou história prévia de nefrite lúpica (NL). A atividade da doença durante a gravidez pode resultar em maior incidência de perda fetal, pré-eclâmpsia (PE), parto prematuro e recém-nascidos pequenos para a idade gestacional. A PE e a NL apresentam manifestações clínicas e laboratoriais semelhantes e o diagnóstico diferencial entre elas é, ainda hoje, um desafio. Os recursos clínicos e laboratoriais atualmente disponíveis na prática clínica para o diagnóstico de NL podem não ser suficientes para fazer o diagnóstico diferencial preciso em todos os casos. Com o objetivo de estudar a abordagem desse dilema, foram desenhados dois estudos, um transversal (estudo 1) e outro longitudinal (estudo 2), que analisaram o comportamento das citocinas angiogênicas (VEGF e PlGF) e da antiangiogênica (sFlt-1) nas gestantes com LES inativo, ativo e com PE. O primeiro estudo analisou os níveis séricos dessas citocinas nas gestantes com LES inativo, nas com NL ativa e nas com LES e PE. As pacientes com LES e PE tinham perfil angiogênico e antiangiogênico semelhante ao de pacientes com PE sem LES – baixo PlGF e alto sFlt-1, com alta relação sFlt-1/PlGF. Os níveis séricos de VEGF foram significativamente maiores nas pacientes com NL ativa em comparação com os das pacientes dos outros dois grupos. Este estudo confirmou o potencial uso desses fatores angiogênicos e antiangiogênicos como diagnóstico diferencial de PE e NL ativa. O segundo estudo analisou o comportamento dessas citocinas ao longo da gravidez. Após o parto, as pacientes foram alocadas em três grupos – LES inativo, LES ativo e LES com PE. O estudo demonstrou que a atividade do LES não interferiu no comportamento desses níveis de citocinas durante a gestação (LES ativo foi semelhante ao LES inativo) e que nas pacientes que desenvolveram PE, os níveis de sFlt-1 e a relação sFlt-1/PlGF foram mais elevados, enquanto os níveis de PlGF estavam reduzidos. Essas alterações foram significativas já no início do segundo trimestre, antes mesmo das manifestações clínicas da PE. Os resultados reforçam a proposta de monitorar os níveis séricos destas citocinas em mulheres grávidas com LES para estabelecer diagnóstico diferencial precoce e preciso entre doença ativa e PE, e de prever eventos adversos na gravidez. |