Associação entre a exposição de curto prazo à poluição do ar e mortalidade em idosos.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4752 |
Resumo: | Esta tese investigou os efeitos da exposição de curto prazo à poluição do ar nas mortes em idosos. O primeiro artigo científico quantificou o efeito de colheita através da estimação dos efeitos de dias únicos e cumulativos da poluição do ar na mortalidade usando os modelos de defasagem distribuída. O segundo artigo científico avaliou a associação entre o dióxido de nitrogênio (NO2) e a mortalidade utilizando modelos uni e multipoluentes. Os dados foram analisados por meio de uma série temporal diária que avaliou a mortalidade, por causas não acidentais e específicas, de idosos residentes na cidade de São Paulo, Brasil, entre 2000 e 2011. Os efeitos do material particulado menor que 10 µm (PM10), NO2, monóxido de carbono (CO) e ozônio (O3) foram estimados em modelos aditivos generalizados de Poisson. No primeiro artigo científico, o efeito da exposição à poluição do ar em dias únicos foi avaliado sem defasagem e com 1 e 2 dias de defasagem. Modelos de defasagem distribuída com defasagem até 10, 20 e 30 dias foram usados para avaliar o efeito de colheita e o potencial efeito cumulativo da exposição. No segundo artigo científico, o efeito da exposição à poluição do ar em dias únicos foi avaliado sem defasagem e com 1 dia de defasagem e o efeito cumulativo foi avaliado até 10 dias de defasagem, em modelos uni e multipoluentes; o Índice de Risco Cumulativo (CRI) foi adicionalmente estimado para cada modelo. No que se refere ao primeiro artigo científico, PM10, NO2 e CO foram significativamente associados com as mortes não acidentais e por causas específicas em ambos os modelos de dias únicos e cumulativos. Os efeitos cumulativos até 30 dias de defasagem foram essencialmente zero para as mortes não acidentais e circulatórias, enquanto permaneceu elevado para mortes por doenças respiratórias, cerebrovasculares e neoplasias. O efeito de colheita foi menor que 30 dias para as mortes não acidentais e circulatórias e não foi encontrado para as outras causas de morte até 30 dias de defasagem. No que se refere ao segundo artigo científico, uma associação entre a exposição ao NO2, PM10, CO e O3 e mortes não acidentais e por causas específicas foi encontrada nos modelos unipoluentes. Os efeitos do NO2 permaneceram significantes nos modelos multipoluentes para as mortes não acidentais e circulatórias. Os CRIs estimados sugeriram que as mortes por doenças circulatórias foram principalmente associadas com o NO2 e as mortes por doenças respiratórias foram associadas com o CO e O3, independentemente da defasagem. Para as mortes não acidentais, os modelos multipoluentes foram associados com o maior CRI com os principais poluentes dependendo da defasagem escolhida. A mistura de poluição do ar representada pelo NO2 apresentou um efeito nas mortes não acidentais e circulatórias que foi independente do PM10, CO e O3. O CRI foi maior que os riscos associados aos modelos unipoluentes. Concluindo, os resultados desta tese sugerem que a exposição de curto prazo à poluição do ar está associada com o aumento no número diário de mortes em idosos de São Paulo. |