Tendências da incidência e da Mortalidade do câncer de estômago no município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Tahara, Emi Igarashi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-20032015-132001/
Resumo: INTRODUÇÃO: o câncer de estômago já foi, mundialmente, a neoplasia com maior ocorrência na população. Ao longo das décadas, a incidência deste câncer apresenta tendência de decréscimo significativo, sendo que, atualmente, é o quinto tumor maligno mais frequente no mundo. A mortalidade não acompanhou a tendência de decréscimo na mesma velocidade e ainda é considerada a terceira principal causa de morte por câncer. O Brasil acompanhou a tendência mundial, registrando o declínio significativo da incidência e da mortalidade. O município de São Paulo apresenta as mais altas taxas de incidência e mortalidade do país. Apesar disso, existem poucos estudos de tendências de incidência dessa neoplasia para São Paulo e este é o primeiro estudo que investiga as tendências de incidência e mortalidade por sexo, por faixas etárias e por tipo histológico. OBJETIVO: analisar as tendências dos coeficientes de incidência e mortalidade do câncer de estômago, segundo sexo, faixa etária e tipo histológico pela classificação de Lauren. MÉTODOS: estudo ecológico de séries temporais. Foram analisados os novos casos de câncer de estômago, diagnosticados no período de 1997 a 2011, no município de São Paulo, cadastrados no Registro de Câncer de Base Populacional de São Paulo, e os óbitos por câncer de estômago do período de 1980 a 2011, de residentes no Município de São Paulo, obtidos do site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde. Foram feitas análises de séries temporais por sexo, faixa etária e tipo histológico utilizando a classificação de Lauren. Os coeficientes brutos e padronizados foram calculados e utilizados nas análises de tendências, através dos modelos de regressão linear e do cálculo da mudança percentual anual (APC). RESULTADOS: foram analisados 24.512 casos incidentes e 31.215 óbitos. Houve redução da incidência (APC -8,3 por cento em homens e -6,5 por cento em mulheres) e da mortalidade (APC -2,3 por cento em homens e -2,5 por cento em mulheres). Houve tendência de queda em todas as faixas etárias, com exceção da faixa etária mais jovem (20-29 anos), que apresentou estabilidade da incidência e da mortalidade. A estabilidade na faixa etária mais jovem também foi identificada nos tipos intestinal e difuso. O tipo difuso apresentou estabilidade também nas faixas etárias: 30-39, 40-49 e 80 anos do sexo feminino. CONCLUSÃO: São Paulo acompanhou a tendência mundial de decréscimo na incidência e na mortalidade, entretanto, a mesma tendência não foi observada entre adultos jovens, principalmente a faixa etária de 20 a 29 anos. Atenção especial deve ser dada ao tipo difuso, que não apresentou queda na tendência de incidência do câncer de estômago para as mulheres de 20 a 49 anos.