Segurança e efetividade da estimulação elétrica definitiva do sistema de condução cardíaco
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23489 |
Resumo: | A estimulação direta do miocárdio do ventrículo direito é uma terapia consagrada para tratamento de bradicardias. A estimulação frequente do ventrículo direito, com padrão de bloqueio de ramo esquerdo pode levar a uma cardiomiopatia relacionada à estimulação (CREV). A estimulação do sistema de condução (ESC), tanto pela estimulação direta do feixe de His ou do ramo esquerdo, está relacionada à prevenção da CREV, por proporcionar estimulação com duração do QRS reduzida. Também é uma terapia promissora em pacientes com disfunção ventricular, como alternativa à TRC convencional. O objetivo geral é descrever a segurança e eficácia da técnica de estimulação definitiva do sistema de condução cardíaco, em uma coorte de pacientes com indicação de estimulação cardíaca, de acordo com as diretrizes vigentes. Os objetivos específicos são: descrever a taxa de sucesso na obtenção dos critérios de ESC, descrever a ocorrência de complicações relacionadas a este procedimento, descrever a evolução dos parâmetros de estimulação e sensibilidade do sistema de condução, no momento do implante e durante acompanhamento clínico e descrever a evolução clínico-ecocardiográfica em pacientes portadores de bloqueio de ramo e disfunção ventricular sistólica. A metodologia foi um estudo de coorte unicêntrico, retrospectivo e prospectivo, de pacientes consecutivos, submetidos à técnica de estimulação definitiva do sistema de condução de julho de 2017 até junho de 2024, com coleta de dados demográficos, eletrocardiográficos, ecocardiográficos e de avaliação do dispositivo no implante e durante o acompanhamento. Como resultados, foram analisados 397 pacientes com idade média de 79,12 anos, 267 pacientes do sexo masculino (64,74%). A ESC foi bem-sucedida em 98,5% dos casos. Houve redução significativa da duração do complexo QRS da amostra. Houve aumento significativo da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) (p<0,001) e redução significativa dos diâmetros e volumes do VE no subgrupo de pacientes portadores de disfunção ventricular. Conclusão: a técnica de ESC foi utilizada de forma segura e eficaz nesta amostra. O implante de DCEI para ESC apresentou elevada taxa de sucesso, comparável com as técnicas convencionais. Pacientes submetidos a ESC apresentaram baixas taxas de complicação, compatíveis com as que constam na literatura. A ESC produziu limiares de captura e sensibilidade adequados no momento do implante e que se mantiveram estáveis no acompanhamento. Pacientes submetidos a ESC apresentaram complexos QRS médios mais estreitos após o implante. A indicação de ESC não se correlacionou a piora da CF, da FEVE média ou aumento dos diâmetros cavitários médios do VE no período de observação do estudo. No subgrupo de pacientes portadores de disfunção do VE e bloqueio de ramo, inclusive os com indicação de TRC, quando submetidos à ESC, houve aumento significativo da fração de ejeção média e redução significativa da média dos volumes sistólico e diastólico finais do VE. |