Treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT em esteira) tem efeitos benéficos em camundongos alimentados com dieta rica em frutose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Motta, Victor Faria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20397
Resumo: Os adoçantes calóricos ricos em frutose induzem alterações adversas no metabolismo dos seres humanos. O estudo avaliou os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) em um modelo de alimentação rico em frutose, com foco no fígado, tecido adiposo branco epididimário e subcutâneo (TABe e TABs), músculo esquelético e suas interações. Camundongos C57BL/6 machos foram alimentados durante 18 semanas uma das seguintes dietas: controle (C;) ou frutose (F). Na 10ª semana, durante um período adicional de 8 semanas, os grupos foram divididos em grupos não-treinados (NT) ou HIIT, totalizando quatro grupos: C-NT, C-HIIT, F-NT e F-HIIT. No final do experimento, o consumo de frutose no grupo F-NT levou a uma elevada pressão arterial sistólica, triglicérides plasmáticos elevados, resistência à insulina com intolerância à glicose e menor sensibilidade à insulina. Também observamos esteatose hepática, hipertrofia de adipócitos e expressões genéticas diminuídas de PGC1α e da FNDC5/Irisin) no grupo F-NT. Estes resultados foram acompanhados por diminuição do NRF 1 e do TFAM (biogênese mitocondrial) e do PPARα e do CPT1 (β-oxidação). O HIIT melhorou todos esses dados nos grupos C-HIIT e F-HIIT. O grupo F-NT mostrou uma redução no gasto calórico associada à diminuição da expressão de genes envolvidos no browning do TABs. Os grupos HIIT em comparação com os grupos NT mostraram uma diminuição no ganho de MC, queda na massa de TABs, associada a um aumento no gasto de energia. Nos grupos HIIT em comparação com os grupos NT, a expressão de marcadores de browning foi elevada, juntamente com genes envolvidos na biogênese mitocondrial e na β-oxidação. Em conclusão, camundongos alimentados com uma dieta rica em frutose, HIIT melhorou a MC, PAS, metabolismo da glicose e triglicerídeos plasmáticos. HIIT estimulou o browning do TABs, em associação com alterações benéficas na mitocondrial biogênese e marcadores de β-oxidação). Os órgão-alvo foram modulados positivamente pelo HIIT, indicando-o como um tratamento adjuvante para doenças que afetam estes tecidos.